Uma paradinha pra uma foto junto a réplica da Maria Fumaça.
Legenda: Assinatura dos alunos no livro de visitas do museu
Acredita-se que está visita ao museu acrescentou algum conhecimento a
mais aos alunos, do lugar onde vivem, mas num tempo em que não viveram. Inclusive,
de acordo com o que está descrito no PCN é importante que os alunos tenham
condições de compreender as semelhanças, diferenças e transformações do modo de
vida social, cultural e econômico da comunidade em que vivem. E essa é uma boa
oportunidade.
O ensino e a aprendizagem da História estão
voltados, inicialmente, para atividades em que os alunos possam compreender as
semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de
vida social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado,
mediante a leitura de diferentes obras humanas. (PCN História e Geografia 1997, p. 34).
E o documento
ainda complementa:
Os estudos da história local conduzem aos estudos
dos diferentes modos de viver no presente e em outros tempos, que existem ou
que existiram no mesmo espaço.
Nesse sentido, a proposta para os estudos
históricos é de favorecer o desenvolvimento das capacidades de diferenciação e
identificação, com a intenção de expor as permanências de costumes e relações
sociais, as mudanças, as diferenças e as semelhanças das vivências coletivas,
sem julgar grupos sociais, classificando-os como mais “evoluídos” ou
“atrasados”. (PCN
História e Geografia 1997, p. 40).
Por essa razão pode- se considerar
que esse tipo de atividade vem ao encontro do que está preconizado nas
diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais e que todo esse material
riquíssimo que está no Museu é importante fonte de informação para explicar aos
alunos de maneira mais concreta e ampla, como se iniciou a história de sua
comunidade e que ele como fruto deste momento, deixará também suas
contribuições para as futuras gerações.
Os documentos são fundamentais como fontes de
informações a serem interpretadas, analisadas e comparadas. Nesse sentido, eles
não contam, simplesmente, como aconteceu a vida no passado. A grande maioria
não foi produzida com a intenção de registrar para a posteridade como era a
vida em uma determinada época; e os que foram produzidos com esse objetivo
geralmente tendem a contar uma versão da História comprometida por visões de
mundo de indivíduos ou grupos sociais. Assim, os documentos são entendidos como
obras humanas que registram, de modo fragmentado, pequenas parcelas das
complexas relações coletivas. São interpretados, então, como exemplos de modos
de viver, de visões de mundo, de possibilidades construtivas, específicas de contextos
e épocas, estudados tanto na sua dimensão material (elementos recriados da
natureza, formas, tamanhos, técnicas empregadas), como na sua dimensão abstrata
e simbólica (linguagens, usos, sentidos, mensagens, discursos). (PCN História e Geografia 1997, p. 55).
Assim sendo pode-se
considerar que em relação à visita ao museu ocorreu tudo de acordo com o que
foi programado. A grande maioria dos alunos mostrou-se bem interessada e
participativa.
No 2º dia o tema era:Registrando a visita
ao museu – O que vi e achei interessante
Os
objetivos eram:
- Situar o aluno na história.
- Desenvolver a capacidade de memorização e
expressão.
- Registrar em mural a visita ao museu
- Desenvolver no aluno o
espírito de pertencimento no processo histórico.
Inicialmente retomou-se o debate sobre a ida ao museu onde cada
aluno relatou algo que achou interessante no museu, posteriormente através do
projetor multimídia foram mostradas as fotos da visita.
Em seguida, na sala informatizada, de posse dessas fotos, a proposta era
de que cada aluno digitasse seu nome abaixo da fotografia, colocasse o nome do
objeto e escrevesse o motivo da escolha do mesmo. E assim foi feito. Após o
término da atividade, as fotos foram colocadas para impressão. Enquanto as
fotografias eram impressas, os alunos iam pintando e recortando as letras que
formavam o título do mural que ajudariam a montar em seguida.
Quando as fotos foram impressas foi montado o mural intitulado: Visita ao
Museu de Pinheiro Preto – O que a história nos ensina e o que aprendi no museu.
Cada
aluno colocou sua foto no mural, no local que desejou e no final do estágio
eles puderam levá-las para casa.
Importante ressaltar que no dia da visita ao museu, cada aluno havia
feito o registro fotográfico de algum objeto ou foto que havia achado mais
interessante. O fato de poder participar fazendo seu próprio registro com uma
câmera digital fez com que sentissem que também eram participantes no resgate
histórico do município, eles tiveram oportunidade de experimentar a autonomia
de fazer o registro de acordo com o seu olhar sobre o objeto.
No museu está registrada a memória de um povo, sua cultura, seus objetos
pessoais, e ao oportunizar as crianças fazer a leitura dessas imagens, fazer
suas análises fez com que conseguissem também fazer a relação com o seu
universo atual.
Lembrando ainda a importância de fazer esses registros. Embora esses
alunos do 2º ano ainda estejam no processo de alfabetização, onde ainda trocam
algumas letras, ou as omitem, conforme está bem destacado nos PCNs é
fundamental proporcionar esse tipo de atividade para que os mesmos consigam
desenvolver ainda mais os procedimentos essenciais da leitura e da escrita.
Assim,
mesmo os alunos estando em processo de alfabetização, fontes escritas devem
estar presentes nos estudos realizados, da mesma forma que o conhecimento
construído expresso por meio de textos. Propor que os alunos registrem por
escrito, individual ou coletivamente, aquilo que observaram ou aprenderam é uma
maneira de aproximá-los de procedimentos essenciais — ler e escrever — não
apenas para o campo da Geografia, mas também para o desenvolvimento de procedimentos
importantes na vida de todo estudante. (PCN História e Geografia 1997, p.88).
O acesso a variados objetos alguns que apresentavam certa familiaridade,
favoreceram as escolhas pessoais de cada criança. Através das fotos antigas dos
lugares que eles conhecem atualmente; os alunos conseguiram fazer sua própria
releitura, compreendendo as mudanças que ocorreram com o passar dos anos. É
curioso ver como eles conseguiam fazer a relação do passado com o presente,
compreender que o que eles têm hoje, tem uma historia, que já foi um pouco
diferente, mas que ao mesmo tempo apresenta também semelhanças.
Foi interessante, por exemplo, as escolhas de cada aluno, o motivo pelo
qual escolheram fotos ou objetos e a relação que conseguiam fazer daquela
época, com os dias de hoje.
Legenda: Objeto escolhido pela aluna e motivo pelo
qual escolheu
Neste caso a aluna questionou o porquê na época as selas femininas tinham
esse formato e fez a relação que hoje em dia as selas masculinas e femininas
são praticamente iguais, e o fato de serem assim na época, era porque as
mulheres usavam apenas vestidos e esses eram bastante volumosos, portanto,
ficariam melhor acomodadas neste tipo de sela.
Houve outros casos também expressivos:
Legenda: Objeto escolhido pela aluna e motivo pelo
qual escolheu
Aqui a aluna, assim como outros alunos, achou
interessante o tipo do dinheiro antigo. Surgiram no dia curiosidades sobre o
que valia cada nota, se era o mesmo valor que hoje em dia. Por exemplo, a nota
de 1.000, se o valor seria como hoje, ter R$1.000 reais, e porque na época o
dinheiro apresentava rostos e hoje as notas são representadas com animais.
Legenda: Foto escolhidas pelos
alunos Wesley e Nicoli que são primos e bisnetos do casal da foto
Esse caso da foto foi
muito legal também, porque assim que essas duas crianças chegaram ao museu, já
foram direto mostrar a foto para os colegas e professoras, para explicar que
aqueles eram seus bisavós e o quanto era importante para eles saber que
personagens que faziam parte de sua família, também estavam representados nesse
lugar, tanto que os dois quiseram fazer o registro da foto.
Importante ressaltar que a o uso da tecnologia foi fundamental para
realizar esse tipo de atividade, pois tiveram que usar digitais para fazer o
registro fotográfico, computadores para digitar o nome do objeto e o motivo
pelo qual haviam escolhido a impressora para fazer a impressão da atividade que
foi realizada pelos alunos. Além disso, a visita na visita ao museu, eles
tiveram oportunidade de conhecer como era a tecnologia que existia na época de
seus bisavós ou avós e isso também foi motivo de debate nos dois dias de
estágio, esse tipo de conhecimento é relevante para o desenvolvimento dos
alunos, para que possam compreender melhor as dificuldades que seus
antepassados sofreram e que tudo aquilo que passaram trouxe evoluções e
consequências para os dias atuais. Isso vem ao encontro do que preconiza os
PCNs:
O trabalho e as tecnologias influem nos ritmos da
cidade e do campo, nas suas formas, na sua organização. Como se relacionam com
a vida cotidiana, qual seu papel: o conforto e desconforto que trazem, os
benefícios e malefícios. É possível comparar técnicas e tecnologias antigas e
modernas — como, por exemplo, o martelo e a serra elétrica, a colheita manual e
a industrializada — e avaliar se o que é mais moderno é realmente melhor.
Pode-se estudar como as tecnologias aparecem distribuídas nas paisagens e nas
diferentes atividades: onde estão, por quem são utilizadas, quem tem acesso a
elas. Por exemplo, que mudanças ocorreram com a invenção da geladeira ou da
energia elétrica. Como diferentes setores da sociedade usam e abusam das
tecnologias e quais suas responsabilidades perante o meio ambiente, nos
desmatamentos, no lançamento de poluentes para a atmosfera. Quem são os atores
sociais que definem quais e como se utilizam as tecnologias e quem sofre os
prejuízos de seu uso indevido. (PCN
História e Geografia 1997, p.97).
Abaixo, estão algumas fotos do
momento em que os alunos estavam realizando a atividade.
Legenda: Alunos realizando a atividade de colocar seu nome e o nome do
objeto escolhido ,justificando sua escolha.
Legenda: Alunos realizando a atividade e conversando sobre o objeto
escolhido.
No 3º dia o tema foi: Trabalhando a localização do município, suas comunidades- informações
gerais.
Os
objetivos eram:
-Recolher
o questionário com os dados dos alunos que havia sido entregue na aula
anterior;
-Localizar
o município no mapa;
-Identificar
a proveniência de cada aluno conforme comunidades do município;
-Montar
o mapa de Pinheiro Preto com suas comunidades;
-Representar no mapa as comunidades e nelas os alunos que pertenciam
a cada comunidade.
-Buscar com que o aluno se identificasse com sua comunidade e
sua localização.
Primeiro foi dada uma breve
explicação sobre como seria realizada a atividade e convidado os alunos para
fazerem um círculo no chão. Em seguida
foi mostrado um esboço do mapa do município, que foi previamente confeccionado
em papel pardo em tamanho aproximado de 1,20X 0,80 cm. O desenho desse mapa foi
colocado no chão e em seguida começou-se a explicar sobre o que ele representava
o que significavam alguns símbolos que estavam presentes nos mapas, como estava
representado, por exemplo, o Rio do Peixe, a ferrovia a rodovia, as
comunidades. o que era e pra que servia a legenda nos mapas, entre outras
curiosidades que foram surgindo.
Legenda: Aluna Nicoly perguntando sobre os pontos
cardeais.
Procurou-se explicar sobre a
questão dos limites do município, o que significava isso. Percebe-se através da
foto que estavam concentrados nas explicações, pois as palavras limites e
divisa, eram um pouco estranhas para eles dentro do contexto dos mapas, então
se procurou explicar que alguns municípios eram vizinhos do nosso, que as
terras se encontravam e aí se tornou um pouco mais claro o significado dessas
palavras.
Legenda: Professora
explicando sobre os limites do município, quem eram os municípios que se
limitavam com a nossa cidade.
Como haviam feito a visita ao túnel
anteriormente, foi feita a localização do mesmo no mapa e também foi localizada
a Cruz do Zeca Vacariano cuja história havia sido contada anteriormente também
e da qual haviam visto as fotos no museu. Como está destacado nos PCNs é
importante trabalhar com esse tipo de representação com os alunos desde os anos
iniciais.
O estudo da linguagem cartográfica, por sua vez,
tem cada vez mais reafirmado sua importância, desde o início da escolaridade.
Contribui não apenas para que os alunos venham a compreender e utilizar uma
ferramenta básica da Geografia, os mapas, como também para desenvolver
capacidades relativas à representação do espaço. . (PCN História e Geografia 1997, p.79).
Legenda: Alunos
localizando no mapa onde ficava aproximadamente a cruz do Zeca Vacariano
e o Túnel ferroviário.
Depois
de fazer a exploração do mapa, a professora pegou os questionários que os pais
dos alunos haviam respondido sobre o nome da comunidade um que cada um morava e
então começou a fazer juntamente com os mesmos o levantamento da quantidade de
comunidades e quem morava em cada uma delas. Assim os alunos foram separados
por comunidades.
Em
seguida a professora mostrou o desenho de cada comunidade para que os alunos
localizassem cada um a sua e posteriormente fizessem a pintura. Eles escolhiam
a cor que iriam pintar, só não podia repetir a cor, para que cada comunidade
ficasse destacada. Como havia mais crianças que moravam no centro da cidade e
também no Bairro São José, a professora procurou redistribuí-los para ajudar as
crianças que moravam sozinhas em outras comunidades.
Importante
destacar que foi conversado sobre as comunidades, o que era mais produzido,
alguma curiosidade do local ou algo que representava bem a comunidade.
Legenda: Professora
mostrando as comunidades que foram desenhadas para que os alunos
pintassem e pudessem montar
o mapa.

Legenda: Alunos pintando a sua comunidade. Destaque para o menino mais
alto a Direita na foto, ele é o Patric,
um menino autista que está começando a realizar algumas atividades com seus colegas.
Legenda: Alunos pintando em conjunto a sua comunidade
Assim
que terminaram de pintar as comunidades os alunos novamente se reuniram perto
do mapa e começaram a montá-lo.
Legenda: Alunos colando a sua comunidade no mapa.
Legenda: Alunos colando a sua comunidade no mapa.
Legenda: Alunos completando o mapa com a última comunidade.

Uma paradinha pra uma foto junto a réplica da Maria Fumaça.
Legenda: Assinatura dos alunos no livro de visitas do museu
Acredita-se que está visita ao museu acrescentou algum conhecimento a
mais aos alunos, do lugar onde vivem, mas num tempo em que não viveram. Inclusive,
de acordo com o que está descrito no PCN é importante que os alunos tenham
condições de compreender as semelhanças, diferenças e transformações do modo de
vida social, cultural e econômico da comunidade em que vivem. E essa é uma boa
oportunidade.
O ensino e a aprendizagem da História estão
voltados, inicialmente, para atividades em que os alunos possam compreender as
semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de
vida social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado,
mediante a leitura de diferentes obras humanas. (PCN História e Geografia 1997, p. 34).
E o documento
ainda complementa:
Os estudos da história local conduzem aos estudos
dos diferentes modos de viver no presente e em outros tempos, que existem ou
que existiram no mesmo espaço.
Nesse sentido, a proposta para os estudos
históricos é de favorecer o desenvolvimento das capacidades de diferenciação e
identificação, com a intenção de expor as permanências de costumes e relações
sociais, as mudanças, as diferenças e as semelhanças das vivências coletivas,
sem julgar grupos sociais, classificando-os como mais “evoluídos” ou
“atrasados”. (PCN
História e Geografia 1997, p. 40).
Por essa razão pode- se considerar
que esse tipo de atividade vem ao encontro do que está preconizado nas
diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais e que todo esse material
riquíssimo que está no Museu é importante fonte de informação para explicar aos
alunos de maneira mais concreta e ampla, como se iniciou a história de sua
comunidade e que ele como fruto deste momento, deixará também suas
contribuições para as futuras gerações.
Os documentos são fundamentais como fontes de
informações a serem interpretadas, analisadas e comparadas. Nesse sentido, eles
não contam, simplesmente, como aconteceu a vida no passado. A grande maioria
não foi produzida com a intenção de registrar para a posteridade como era a
vida em uma determinada época; e os que foram produzidos com esse objetivo
geralmente tendem a contar uma versão da História comprometida por visões de
mundo de indivíduos ou grupos sociais. Assim, os documentos são entendidos como
obras humanas que registram, de modo fragmentado, pequenas parcelas das
complexas relações coletivas. São interpretados, então, como exemplos de modos
de viver, de visões de mundo, de possibilidades construtivas, específicas de contextos
e épocas, estudados tanto na sua dimensão material (elementos recriados da
natureza, formas, tamanhos, técnicas empregadas), como na sua dimensão abstrata
e simbólica (linguagens, usos, sentidos, mensagens, discursos). (PCN História e Geografia 1997, p. 55).
Assim sendo pode-se
considerar que em relação à visita ao museu ocorreu tudo de acordo com o que
foi programado. A grande maioria dos alunos mostrou-se bem interessada e
participativa.
No 2º dia o tema era:Registrando a visita
ao museu – O que vi e achei interessante
Os
objetivos eram:
- Situar o aluno na história.
- Desenvolver a capacidade de memorização e
expressão.
- Registrar em mural a visita ao museu
- Desenvolver no aluno o
espírito de pertencimento no processo histórico.
Inicialmente retomou-se o debate sobre a ida ao museu onde cada
aluno relatou algo que achou interessante no museu, posteriormente através do
projetor multimídia foram mostradas as fotos da visita.
Em seguida, na sala informatizada, de posse dessas fotos, a proposta era
de que cada aluno digitasse seu nome abaixo da fotografia, colocasse o nome do
objeto e escrevesse o motivo da escolha do mesmo. E assim foi feito. Após o
término da atividade, as fotos foram colocadas para impressão. Enquanto as
fotografias eram impressas, os alunos iam pintando e recortando as letras que
formavam o título do mural que ajudariam a montar em seguida.
Quando as fotos foram impressas foi montado o mural intitulado: Visita ao
Museu de Pinheiro Preto – O que a história nos ensina e o que aprendi no museu.
Cada
aluno colocou sua foto no mural, no local que desejou e no final do estágio
eles puderam levá-las para casa.
Importante ressaltar que no dia da visita ao museu, cada aluno havia
feito o registro fotográfico de algum objeto ou foto que havia achado mais
interessante. O fato de poder participar fazendo seu próprio registro com uma
câmera digital fez com que sentissem que também eram participantes no resgate
histórico do município, eles tiveram oportunidade de experimentar a autonomia
de fazer o registro de acordo com o seu olhar sobre o objeto.
No museu está registrada a memória de um povo, sua cultura, seus objetos
pessoais, e ao oportunizar as crianças fazer a leitura dessas imagens, fazer
suas análises fez com que conseguissem também fazer a relação com o seu
universo atual.
Lembrando ainda a importância de fazer esses registros. Embora esses
alunos do 2º ano ainda estejam no processo de alfabetização, onde ainda trocam
algumas letras, ou as omitem, conforme está bem destacado nos PCNs é
fundamental proporcionar esse tipo de atividade para que os mesmos consigam
desenvolver ainda mais os procedimentos essenciais da leitura e da escrita.
Assim,
mesmo os alunos estando em processo de alfabetização, fontes escritas devem
estar presentes nos estudos realizados, da mesma forma que o conhecimento
construído expresso por meio de textos. Propor que os alunos registrem por
escrito, individual ou coletivamente, aquilo que observaram ou aprenderam é uma
maneira de aproximá-los de procedimentos essenciais — ler e escrever — não
apenas para o campo da Geografia, mas também para o desenvolvimento de procedimentos
importantes na vida de todo estudante. (PCN História e Geografia 1997, p.88).
O acesso a variados objetos alguns que apresentavam certa familiaridade,
favoreceram as escolhas pessoais de cada criança. Através das fotos antigas dos
lugares que eles conhecem atualmente; os alunos conseguiram fazer sua própria
releitura, compreendendo as mudanças que ocorreram com o passar dos anos. É
curioso ver como eles conseguiam fazer a relação do passado com o presente,
compreender que o que eles têm hoje, tem uma historia, que já foi um pouco
diferente, mas que ao mesmo tempo apresenta também semelhanças.
Foi interessante, por exemplo, as escolhas de cada aluno, o motivo pelo
qual escolheram fotos ou objetos e a relação que conseguiam fazer daquela
época, com os dias de hoje.
Legenda: Objeto escolhido pela aluna e motivo pelo
qual escolheu
Neste caso a aluna questionou o porquê na época as selas femininas tinham
esse formato e fez a relação que hoje em dia as selas masculinas e femininas
são praticamente iguais, e o fato de serem assim na época, era porque as
mulheres usavam apenas vestidos e esses eram bastante volumosos, portanto,
ficariam melhor acomodadas neste tipo de sela.
Houve outros casos também expressivos:
Legenda: Objeto escolhido pela aluna e motivo pelo
qual escolheu
Aqui a aluna, assim como outros alunos, achou
interessante o tipo do dinheiro antigo. Surgiram no dia curiosidades sobre o
que valia cada nota, se era o mesmo valor que hoje em dia. Por exemplo, a nota
de 1.000, se o valor seria como hoje, ter R$1.000 reais, e porque na época o
dinheiro apresentava rostos e hoje as notas são representadas com animais.
Legenda: Foto escolhidas pelos
alunos Wesley e Nicoli que são primos e bisnetos do casal da foto
Esse caso da foto foi
muito legal também, porque assim que essas duas crianças chegaram ao museu, já
foram direto mostrar a foto para os colegas e professoras, para explicar que
aqueles eram seus bisavós e o quanto era importante para eles saber que
personagens que faziam parte de sua família, também estavam representados nesse
lugar, tanto que os dois quiseram fazer o registro da foto.
Importante ressaltar que a o uso da tecnologia foi fundamental para
realizar esse tipo de atividade, pois tiveram que usar digitais para fazer o
registro fotográfico, computadores para digitar o nome do objeto e o motivo
pelo qual haviam escolhido a impressora para fazer a impressão da atividade que
foi realizada pelos alunos. Além disso, a visita na visita ao museu, eles
tiveram oportunidade de conhecer como era a tecnologia que existia na época de
seus bisavós ou avós e isso também foi motivo de debate nos dois dias de
estágio, esse tipo de conhecimento é relevante para o desenvolvimento dos
alunos, para que possam compreender melhor as dificuldades que seus
antepassados sofreram e que tudo aquilo que passaram trouxe evoluções e
consequências para os dias atuais. Isso vem ao encontro do que preconiza os
PCNs:
O trabalho e as tecnologias influem nos ritmos da
cidade e do campo, nas suas formas, na sua organização. Como se relacionam com
a vida cotidiana, qual seu papel: o conforto e desconforto que trazem, os
benefícios e malefícios. É possível comparar técnicas e tecnologias antigas e
modernas — como, por exemplo, o martelo e a serra elétrica, a colheita manual e
a industrializada — e avaliar se o que é mais moderno é realmente melhor.
Pode-se estudar como as tecnologias aparecem distribuídas nas paisagens e nas
diferentes atividades: onde estão, por quem são utilizadas, quem tem acesso a
elas. Por exemplo, que mudanças ocorreram com a invenção da geladeira ou da
energia elétrica. Como diferentes setores da sociedade usam e abusam das
tecnologias e quais suas responsabilidades perante o meio ambiente, nos
desmatamentos, no lançamento de poluentes para a atmosfera. Quem são os atores
sociais que definem quais e como se utilizam as tecnologias e quem sofre os
prejuízos de seu uso indevido. (PCN
História e Geografia 1997, p.97).
Abaixo, estão algumas fotos do
momento em que os alunos estavam realizando a atividade.
Legenda: Alunos realizando a atividade de colocar seu nome e o nome do
objeto escolhido ,justificando sua escolha.
Legenda: Alunos realizando a atividade e conversando sobre o objeto
escolhido.
No 3º dia o tema foi: Trabalhando a localização do município, suas comunidades- informações
gerais.
Os
objetivos eram:
-Recolher
o questionário com os dados dos alunos que havia sido entregue na aula
anterior;
-Localizar
o município no mapa;
-Identificar
a proveniência de cada aluno conforme comunidades do município;
-Montar
o mapa de Pinheiro Preto com suas comunidades;
-Representar no mapa as comunidades e nelas os alunos que pertenciam
a cada comunidade.
-Buscar com que o aluno se identificasse com sua comunidade e
sua localização.
Primeiro foi dada uma breve
explicação sobre como seria realizada a atividade e convidado os alunos para
fazerem um círculo no chão. Em seguida
foi mostrado um esboço do mapa do município, que foi previamente confeccionado
em papel pardo em tamanho aproximado de 1,20X 0,80 cm. O desenho desse mapa foi
colocado no chão e em seguida começou-se a explicar sobre o que ele representava
o que significavam alguns símbolos que estavam presentes nos mapas, como estava
representado, por exemplo, o Rio do Peixe, a ferrovia a rodovia, as
comunidades. o que era e pra que servia a legenda nos mapas, entre outras
curiosidades que foram surgindo.
Legenda: Aluna Nicoly perguntando sobre os pontos
cardeais.
Procurou-se explicar sobre a
questão dos limites do município, o que significava isso. Percebe-se através da
foto que estavam concentrados nas explicações, pois as palavras limites e
divisa, eram um pouco estranhas para eles dentro do contexto dos mapas, então
se procurou explicar que alguns municípios eram vizinhos do nosso, que as
terras se encontravam e aí se tornou um pouco mais claro o significado dessas
palavras.
Legenda: Professora
explicando sobre os limites do município, quem eram os municípios que se
limitavam com a nossa cidade.
Como haviam feito a visita ao túnel
anteriormente, foi feita a localização do mesmo no mapa e também foi localizada
a Cruz do Zeca Vacariano cuja história havia sido contada anteriormente também
e da qual haviam visto as fotos no museu. Como está destacado nos PCNs é
importante trabalhar com esse tipo de representação com os alunos desde os anos
iniciais.
O estudo da linguagem cartográfica, por sua vez,
tem cada vez mais reafirmado sua importância, desde o início da escolaridade.
Contribui não apenas para que os alunos venham a compreender e utilizar uma
ferramenta básica da Geografia, os mapas, como também para desenvolver
capacidades relativas à representação do espaço. . (PCN História e Geografia 1997, p.79).
Legenda: Alunos
localizando no mapa onde ficava aproximadamente a cruz do Zeca Vacariano
e o Túnel ferroviário.
Depois
de fazer a exploração do mapa, a professora pegou os questionários que os pais
dos alunos haviam respondido sobre o nome da comunidade um que cada um morava e
então começou a fazer juntamente com os mesmos o levantamento da quantidade de
comunidades e quem morava em cada uma delas. Assim os alunos foram separados
por comunidades.
Em
seguida a professora mostrou o desenho de cada comunidade para que os alunos
localizassem cada um a sua e posteriormente fizessem a pintura. Eles escolhiam
a cor que iriam pintar, só não podia repetir a cor, para que cada comunidade
ficasse destacada. Como havia mais crianças que moravam no centro da cidade e
também no Bairro São José, a professora procurou redistribuí-los para ajudar as
crianças que moravam sozinhas em outras comunidades.
Importante
destacar que foi conversado sobre as comunidades, o que era mais produzido,
alguma curiosidade do local ou algo que representava bem a comunidade.
Legenda: Professora
mostrando as comunidades que foram desenhadas para que os alunos
pintassem e pudessem montar
o mapa.

Legenda: Alunos pintando a sua comunidade. Destaque para o menino mais
alto a Direita na foto, ele é o Patric,
um menino autista que está começando a realizar algumas atividades com seus colegas.
Legenda: Alunos pintando em conjunto a sua comunidade
Assim
que terminaram de pintar as comunidades os alunos novamente se reuniram perto
do mapa e começaram a montá-lo.
Legenda: Alunos colando a sua comunidade no mapa.
Legenda: Alunos colando a sua comunidade no mapa.
Legenda: Alunos completando o mapa com a última comunidade.
Legenda: Alunos realizados com a atividade em que cada um deu sua
contribuição.
Posteriormente
a colagem das comunidades, chegou o momento de distribuir a foto dos alunos nas
comunidades em que cada um morava.
Legenda: Professora auxiliando os alunos na organização das fotos nas
comunidades.
Legenda: Alunos colando suas fotos na sua comunidade.
Legenda: Alunos escrevendo seu nome próximo à foto.
Depois
de terminar a colagem das fotos foi feito um levantamento e descobriu-se quais
eram as comunidades em que moravam mais alunos, quais moravam menos, mas isso
só foi feito oralmente, pois não daria mais tempo de fazer a estatística no
papel.
Foi
feita a legenda do mapa com os alunos pois conforme orienta os PCNs, isso
também é muito importante para que os aluno comecem a compreender que para
representar os mapas são estabelecidas certas convenções.
O estudo sobre a representação do espaço segue de modo semelhante ao
primeiro ciclo, embora seja possível abordar de forma mais aprofundada as
noções de distância, direção e orientação e iniciar um trabalho mais
aprofundado com as noções de proporção e escala. Já se pode esperar que os
alunos compreendam que para representar o espaço é preciso obedecer a certas
regras e convenções postuladas pela linguagem cartográfica e comecem a dominá-las
na produção de mapas simples, relacionados com o espaço vivido e outros mais
distantes. Atividades nas quais os alunos tenham que refletir, questionar,
comunicar e compreender informações expressas por meio dessas regras e
convenções — e não apenas descrevê-las e memorizá-las — podem ser planejadas
pelo professor para que as conheçam e aprendam a utilizá-las. Os referenciais
de localização, os pontos cardeais, as divisões e contornos políticos dos
mapas, o sistema de cores e legendas podem e devem ser trabalhados. (PCN História e Geografia 1997, p.94,95).
Legenda: Aluna Lana escrevendo a legenda.
Legenda: Mapa pronto exposto na parede da escola.
Foi muito legal ver a alegria
deles em realizar essa atividade. Todos participaram ativamente, cada um queria
contar sobre a sua comunidade, localizar os pontos importantes no mapa e após o
resultado ficaram maravilhados. Eles diziam:
- O mapa era um quebra-cabeça e
nós conseguimos montar!
Procurou-se trabalhar o mapa de
forma significativa conforme preconiza os PCNs
As formas mais usuais de se trabalhar com a
linguagem cartográfica na escola é por meio de situações nas quais os alunos
têm de colorir mapas, copiá-los, escrever os nomes de rios ou cidades, memorizar
as informações neles representadas. Mas esse tratamento não garante que eles
construam os conhecimentos necessários, tanto para ler mapas como para representar
o espaço geográfico. Para isso, é preciso partir da ideia de que a linguagem
cartográfica é um sistema de símbolos que envolve proporcionalidade, uso de
signos ordenados e técnicas de projeção. Também é uma forma de atender a
diversas necessidades, das mais cotidianas (chegar a um lugar que não se
conhece, entender o trajeto dos mananciais, por exemplo) às mais específicas (como
delimitar áreas de plantio, compreender zonas de influência do clima). A escola
deve criar oportunidades para que os alunos construam conhecimentos sobre essa
linguagem nos dois sentidos: como pessoas que representam e codificam o espaço
e como leitores das informações expressas por ela. (PCN História e Geografia 1997, p.79).
A avaliação feita dessa atividade
não poderia ser melhor. É preciso oportunizar mais atividades assim, onde eles
constroem juntos os conceitos, onde consigam fazer as interpretações dos
símbolos e compreendam a representação do espaço em que vivem.
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