Resgatar
a história de um povo é de fundamental importância para afirmação de sua
cultura e valorização de suas raízes.
Este
projeto visa envolver os alunos no resgate histórico do município de Pinheiro
Preto desde a colonização até os dias atuais com o levantamento de fotos,
histórias e contos e a partir deste levantamento desenvolver atividades em sala
e posteriormente desenvolver uma página publicando todo o material.
Sendo
assim vê-se a oportunidade de envolver os alunos em seu contexto histórico e
cultural onde poderão juntos com seus familiares reavivar a memória de si
próprios e de seus antepassados e oportunizar
a criação de um registro para as futuras gerações.
No ano de 1888 inicia-se a construção da ferrovia Vale do Rio do Peixe que ligaria as províncias de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os troncos dos gigantescos pinheiros que existiam em abundância no Vale do Rio do Peixe, foram usados como estruturas das pontes, provisórias.
Os fazendeiros e lavradores colaboraram com a exploração da região através dos caminhos já abertos com facões. Neste mesmo tempo, as províncias de Paraná e Santa Catarina disputavam grandes áreas de terra, então, tiveram que analisar os limites internacionais e interprovinciais.
A partir de 1890 a ferrovia começou a se tornar realidade, com a ajuda de recursos estrangeiros, obtidos através do engenheiro principal da grande obra.
A “Brazil Railway Company” foi fundada em 1905 e assumiu o controle da construção da ferrovia, o que deu uma acelerada a construção, mas mesmo assim em 1907 tiverem um prazo maior (três anos) para terminar a obra.
Em dezembro de 1909 já haviam 4000 trabalhadores e os salários eram pagos pela companhia através de empreitadas. Cada grupo de trabalhadores tinham uma tarefa específica a ser concluída.
Como eram prometidos altos salários, o Vale do Rio do Peixe foi tomado por grandes quantidades de trabalhadores sem nenhuma forma de direitos trabalhistas, que não garantiam vínculo empregatício.
Como o Brasil tinha uma desavença com a Argentina, partiu uma ordem do Rio de Janeiro que acelerassem o processo, caso houvesse algum ataque teriam acesso fácil a transporte (tanto de armas quanto de pessoas).
Junto com os trabalhadores de bem, foram introduzidas pessoas “maltrapilhas”, que nada temiam. Para tentar manter a ordem foi formado um Corpo de Segurança Especial, que acabou falhando em sua missão.
No dia 1º de Maio de 1910 foi inaugurado e aberto ao tráfego o trecho até Pinheiro Preto.
Graças a grande obra que foi a construção da ferrovia que ligava São Paulo ao Rio Grande, os colonizadores vieram em massa para nossa região, fixaram-se aqui pois os produtos eram mais fáceis de serem vendidos próximo a estrada de ferro.
Pinheiro Preto na atualidade
Pinheiro
Preto, recebeu o título de “Capital Catarinense do Vinho” através da Lei
Estadual nº 12.145 de 05 de abril de 2002, localiza-se no Alto Vale do Rio do
Peixe no Meio Oeste Catarinense, região do contestado e pertence a AMARP –
Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe. Situa-se na latitude 27º03'02“ sul e na
longitude 51º13'51" oeste estando a uma altitude média de 696 metros.
Limita-se ao norte com Videira, ao sul com Tangará, ao leste com Videira e
Tangará e a oeste com Ibicaré e Iomerê. Pinheiro Preto se distancia de 490
quilômetros da capital do Estado, Florianópolis.
Através
da descentralização proposta pelo governo estadual, Pinheiro Preto faz parte da
9ª SDR - Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de Santa Catarina e a
educação está sob o comando da 9ª Gerência Regional de Educação com sede em
Videira.
A
população de Pinheiro Preto tem como maior descendência o italiano, destaque
também para o alemão, polonês e ultimamente devido ao grande fluxo de famílias
que tem chegado devido ao emprego na indústria já há uma miscigenação muito
grande.
Sua
população em 2010 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) é de 3.147 habitantes. Possui uma área de 65.856 km². Sua densidade
demográfica, portanto é de 47,79 habitantes por Km2 e a estimativa
para 2014 é para 3.314 habitantes.
Apresenta estações bem definidas, seu clima é do tipo temperado com uma
temperatura média anual de 17,4º C. De acordo com o site o gentílico é pinheirense.
Pinheiro
Preto é o maior produtor de vinhos do Estado de Santa Catarina, sendo que no
ano de 2000 foi responsável por 48% da produção total do Estado. Tem uma área
de 443 hectares de parreiras com produção, contudo, insuficiente para a demanda
das 22 vinícolas instaladas no Município. O que é angariado junto a outros
municípios catarinenses e também do Rio Grande do Sul. A produção de uva, sua
industrialização e a consequente produção de vinho representam a base de sua
economia. Contudo, não podemos deixar de enfatizar outras indústrias como
beneficiamento de papel e plástico, indústrias de massas e as atividades agrícolas principalmente a
criação de frangos e suínos.
Abaixo
contamos um pouco da história de Pinheiro Preto, com a ajuda dos alunos
da 3ª série 01 e 02 da Escola de Educação Básica Professora Maura de
Senna Pereira, que baseados no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua
gente de Alzira Scapin, fizeram sua leitura e recontaram um pouco da
história.
Da esquerda para a direita, em pé: Joana, João Luiz, Paulo, Antonio, José e Augusta.
Sentados: Margarida, André, Tereza Zacaron e Pedro. Foto de 1.915
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Família de Pedro Lorenzon: Da esquerda para a direita, em pé: Terezinha, Santina Bresolin Lorenzon, André, Cláudio e esposa Iná e Arlindo.Sentados: Nilde, Getúlio, Angela Frigieri, Pedro e Zenil (Geni). Foto de 1941.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Os casais João Lorenzon e esposa Luiza, Pedro Lorenzon e Angela, Antonio Bressan e Margarida. Foto de 1925.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
A casa de madeira coberta de tabuinhas, foi a 1ª casa construída por João Bressan em Pinheiro Preto. Na foto a família fez uma pose especial em frente a residência. Da esquerda para a direita: João, Santina, Arlindo(nos braços da mãe), Batista, Ricieri, Reinaldo, Amélia, Cebila, Ernesto, Gecomina, Vilma Mariana e Adele.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Quem foram os primeiros Colonizadores
O
livro Pinheiro Preto sua história sua gente conta
que havia gente morando aqui quando chegaram os primeiros colonizadores.
Esses moradores eram os caboclos João e Avelino Góes que
moravam com suas famílias, isolados. Segundo conta a história,
sobreviviam da
coleta de frutos, da caça e pesca abundante na região.
Pedro Lorenzon foi um dos primeiros a comprar as terras em Pinheiro Preto.
Pedro Lorenzon foi um dos primeiros a comprar as terras em Pinheiro Preto.
Família de André Lorenzon(pais de Pedro Lorenzon)Morando sozinho em meio a floresta, num local ermo e totalmente desprovido de recursos, abrigado apenas por alguns ranchões dispostos de maneira a formar tosca habitação, correndo o risco de ser atacado por animais que comumente rodavam a pobre morada. (SCAPIN,1991,p.49).
Da esquerda para a direita, em pé: Joana, João Luiz, Paulo, Antonio, José e Augusta.
Sentados: Margarida, André, Tereza Zacaron e Pedro. Foto de 1.915
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Família de Pedro Lorenzon: Da esquerda para a direita, em pé: Terezinha, Santina Bresolin Lorenzon, André, Cláudio e esposa Iná e Arlindo.Sentados: Nilde, Getúlio, Angela Frigieri, Pedro e Zenil (Geni). Foto de 1941.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Os casais João Lorenzon e esposa Luiza, Pedro Lorenzon e Angela, Antonio Bressan e Margarida. Foto de 1925.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
A fertilidade desta terra prodiga em riquezas, atraiu imediatamente outros colonizadores... ...Logo em seguida ao primeiro desbravador, chegaram em Pinheiro Preto, Pedrinho e João Bressan, o primeiro se instalou nas terras hoje pertencentes ao senhor José Denardi e o segundo na atual Vila Bressan. Enquanto Pedrinho permanecia no local, João retornou a Guaporé, somente voltando com as duas famílias quando as casas já estavam construídas. Neste meio tempo chegou também Antônio Bressan adquirindo terreno localizado pouco adiante da vila Bressan. (SCAPIN,1991,p.50).
Família de Pedro Bressan: Esquerda para direita, em pé: Mário, Aquelino e Enídio.
Sentados: Pedro Bressan, Irene, Adir e Nadir.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
A casa de madeira coberta de tabuinhas, foi a 1ª casa construída por João Bressan em Pinheiro Preto. Na foto a família fez uma pose especial em frente a residência. Da esquerda para a direita: João, Santina, Arlindo(nos braços da mãe), Batista, Ricieri, Reinaldo, Amélia, Cebila, Ernesto, Gecomina, Vilma Mariana e Adele.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Novas
famílias também chegavam ao local, entre eles João Lorenzon e Paulo Lorenzon.
Família de João e Santina Bressan
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Na
margem direita do rio do peixe os primeiros moradores foram Nicolau e Simão
Sansczuck.
No ano de 1921 chegaram ao local o gaúcho Hermínio Longo e o emigrante italiano Luiz Viecelli... (SCAPIN,1991,p.51)
Assim
pelo que conta a história, estes foram os primeiros colonizadores.
Texto
produzido por Jhonatan Rigo e Gian Hack baseado no livro: Pinheiro Preto, sua
história e sua gente de Alzira Scapin.
A Estrada de Ferro: São Paulo – Rio Grande do Sul.
No ano de 1888 inicia-se a construção da ferrovia Vale do Rio do Peixe que ligaria as províncias de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Os troncos dos gigantescos pinheiros que existiam em abundância no Vale do Rio do Peixe, foram usados como estruturas das pontes, provisórias.
Troncos
de pinheiros que existiam em abundância no Vale do Rio do Peixe, foram
usados como estruturas das pontes provisórias. Nesta foto a Maria-Fumaça
está sobre uma dessas pontes construída engenhosamente por muitos
trabalhadores que abriram em plena região contestada a estrada que
trouxe posteriormente os colonizadores que desbravaram essa região.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
As
pontes de madeira aos poucos foram sendo substituídas por novas de
estruturas metálicas. A foto mostra um trem carregado de dormentes
utilizados na construção da via permanente.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Na
foto o trabalho de um grupo de homens erguendo vagões descarrilados.
Com uma espécie de "macaco", os trabalhadores colocavam dormentes sob a
composição até erguê-la ao nível dos trilhos, essa operação era perigosa
e era preciso ter muita força.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Os fazendeiros e lavradores colaboraram com a exploração da região através dos caminhos já abertos com facões. Neste mesmo tempo, as províncias de Paraná e Santa Catarina disputavam grandes áreas de terra, então, tiveram que analisar os limites internacionais e interprovinciais.
A partir de 1890 a ferrovia começou a se tornar realidade, com a ajuda de recursos estrangeiros, obtidos através do engenheiro principal da grande obra.
No entanto, os trabalhos nos anos subsequentes prosseguiram muito lentamente e a linha tronco original (Itararé Santa Maria), chegava aos anos 1904-1905, portanto, 15 anos após, somente com 599 quilômetros entregues ao tráfego; quando a concessão original dava um prazo não superior a 5 anos para a conclusão de todos os 1403 quilômetros.(.SCAPIN,1991, p. 22).
A “Brazil Railway Company” foi fundada em 1905 e assumiu o controle da construção da ferrovia, o que deu uma acelerada a construção, mas mesmo assim em 1907 tiverem um prazo maior (três anos) para terminar a obra.
Em dezembro de 1909 já haviam 4000 trabalhadores e os salários eram pagos pela companhia através de empreitadas. Cada grupo de trabalhadores tinham uma tarefa específica a ser concluída.
Como eram prometidos altos salários, o Vale do Rio do Peixe foi tomado por grandes quantidades de trabalhadores sem nenhuma forma de direitos trabalhistas, que não garantiam vínculo empregatício.
Como o Brasil tinha uma desavença com a Argentina, partiu uma ordem do Rio de Janeiro que acelerassem o processo, caso houvesse algum ataque teriam acesso fácil a transporte (tanto de armas quanto de pessoas).
Junto com os trabalhadores de bem, foram introduzidas pessoas “maltrapilhas”, que nada temiam. Para tentar manter a ordem foi formado um Corpo de Segurança Especial, que acabou falhando em sua missão.
Apesar de todas as mortes os trilhos continuavam rumo ao seu destino....como é narrado por um engenheiro da construção, no livro de Oswaldo Cabral, “A Campanha do Contestado”: “se fosse possível reunir o sangue de todas as vítimas havidas ao longo do tempo, por largo período as águas daquele rio vizinho (Rio do Peixe) correriam rubras”.(SCAPIN, 1991, p.25)
No dia 1º de Maio de 1910 foi inaugurado e aberto ao tráfego o trecho até Pinheiro Preto.
Foto
do túnel logo após sua construção. A data de conclusão 12/10/1909 foi
gravada na rocha pelos trabalhadores que executaram importante obra.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Quando a obra foi finalmente concluída, restou aos trabalhadores apenas
a deslealdade, pois se esforçaram tanto para acabarem sendo abandonados
pelos empreiteiros. Graças a grande obra que foi a construção da ferrovia que ligava São Paulo ao Rio Grande, os colonizadores vieram em massa para nossa região, fixaram-se aqui pois os produtos eram mais fáceis de serem vendidos próximo a estrada de ferro.
Túnel atualmente - foto tirada por Jussara Einsweiler em maio de 2013
Texto
produzido por Ederson Heinemann e Amanda Busanello, baseado no livro
“Pinheiro Preto: sua história, sua gente” da autora Alzira Scapin, do
ano de 1991.
O cemitério do
túnel
Em meio a construção da estrada de ferro na
localidade de Pinheiro Preto foi construído um túnel, trabalhadores ao exercer essa importante obra deixaram para
posteridade a data de conclusão que foi dia 12/10/1909 e a sigla da companhia construtora a inscrição
KIL°167.
O
túnel localizado em Pinheiro Preto de acordo com o que está citado no
livro de Alzira Scapin foi o único perfurado pela companhia no trecho
entre os rios Iguaçú e Uruguai. Totalmente perfurado na rocha mede
aproximadamente 100 metros, e evitou um alongamento de dois quilômetros
em curva.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Nas
proximidades deste túnel aproximadamente 150 metros sentido sul, existia, segundo
testemunham os moradores de Pinheiro Preto um cemitério na beira dos trilhos,
que passaram a denominá-lo por Cemitério do túnel.
O primeiro colonizador, Pedro Lorenzon percorrendo
um dia as proximidades do túnel encontrou casualmente o cemitério, sua
curiosidade o levou a contar os números da sepultura que levou a soma de
aproximadamente 40, muitas cruzes no chão, já desgastadas pela ação do tempo.
Procurando informações sobre o cemitério, Lorenzon
ficou sabendo que lá havia sido enterrado também pessoas que trabalhavam na
ferrovia, diversos outros depoimentos colhidos afirmam a existência desse
cemitério que com o passar dos tempos os capins foram invadindo e cobrindo as
sepulturas e com crescimentos de
gramíneas acabou provocando um incêndio, queimando inclusive as velhas cruzes existentes no
local.
Hoje
muitos que passam pelo cemitério sequer sabem que os trabalhadores da estrada de
ferro ali descansam.
Texto produzido por: Dioneiva de Almeida Guidoni,
baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua gente de Alzira Scapin.
Assalto ao Trem Pagador
No dia 24 de outubro de 1909 aconteceu o primeiro assalto ao
“trem pagador”, registrado na cidade de Pinheiro Preto. Nome dado porque o trem
trazia consigo o pagamento de aproximadamente 10 mil trabalhadores.
O pagador da
companhia chamava-se Henrique Jorge Baroni posteriormente a locomotiva foi
comandada por Guilherme, Menezes e Lino Ferreira.
Nas proximidades do
túnel localizado em Pinheiro Preto a
viagem é interrompida por José Antonio
Oliveira popularmente conhecido como Zeca Vacariano, que vinha acompanhado por
uma bando de 30 homens, realizando assim o roubo ao dinheiro e também as arma
contidas no trem. Zeca executou Guilherme e Menezes e deixou ferido Lino
Ferreira.
Zeca era um dos taifeiros
da construção, contratou mais
trabalhadores do que o necessário para atuar em sua companhia, não podendo
paga-los optou pelo assalto ao trem, o bandido morava perto da estrada de ferro
e sabia todos os horários e dias em que o do pagamento seria entregue,
facilitando assim seu plano.
Após o assalto os bandidos se dispersaram seguindo uns em
direção à linha do trem e outros escondendo-se na mata.
No local onde aconteceu o assalto foi construída uma cruz de
ferro em homenagem às vítimas do bandido Zeca Vacariano.
Cruz do Zeca Vacariano
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Texto produzido por Thalia Karina Donadel com base no livro ”Pinheiro
Preto sua história sua gente” de Alzira Scapin.
Fiéis da Igreja de São José em Boa Esperança Durante uma procissão com a imagem do padroeiro da comunidade. Ao fundo aparece a escola. Foto de 1948.
Religião:
A semente da prosperidade
Todo lugar
onde há gente, há fé. Isso se evidencia ao pensar que no começo, toda cidade
não passa de um pedaço de terra, desocupado, sem utilização. O sonho é a base
de tudo. E por que não acompanhado de esperança? É como se as uvas que hoje
aqui estão germinadas, agradecessem pelo solo fértil que só foi conquistado
porque houve pessoas que há um bom tempo atrás lutaram para dar a Pinheiro
Preto o título de Capital Catarinense do Vinho.
“Os bravos colonizadores, trouxeram em sua bagagem além da esperança no futuro, da confiança na força de seu trabalho, da determinação em construir neste solo – Pinheiro Preto – um venturoso amanhã, algo bem mais importante: a inabalável fé em Deus, esse ser supremo e infinito, criador e conservador do universo, causa necessária de tudo o que existe.” (SCAPIN, 1991, p. 75)
Os que pisavam neste solo abençoado,
mais que sonhos de prosperar economicamente, carregavam a crença na
transcendência – que os fazia mais fortes para continuar batalhando numa terra
“virgem” - que os motivava diariamente.
Mesmo encontrando muitas dificuldades,
os sacerdotes conseguiam - com muito esforço – levar a palavra cristã para a
maioria dos moradores. Se havia algo que ajudava Pinheiro Preto a crescer em todos
os sentidos era a estrada de ferro, que fazia da cidade um grande centro que adquiria
culturas – e crenças - diferentes em seu cotidiano.
Alzira Scapin cita no livro Pinheiro
Preto, sua história sua gente, lançado no ano de 1991: “Frei Gregório foi o
primeiro padre a colocar os pés nessa singela cidade com a missão de realizar
junto a pequena população um trabalho pastoral. “Frei Gregório, da Ordem
Francisca, desembarcou em Pinheiro Preto, procedente de Bom Retiro (Luzerna),
onde segundo o livro Tombo da Paróquia de São João Batista de Bom Retiro,
registra que a primeira capelinha foi ali construída no ano de 1823.”
Moradores durante uma festa em frente a Igrejinha de São José na comunidade de Boa Esperança, margem direita do Rio do Peixe.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

Fiéis da Igreja de São José em Boa Esperança Durante uma procissão com a imagem do padroeiro da comunidade. Ao fundo aparece a escola. Foto de 1948.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Muitas pessoas que tiveram o prazer de
conhecer o Frei, afirmam que ele era um homem muito bondoso, cordial e amigo
com todos os membros da sociedade. Seu carisma conquistava a todos que o conheciam
muitos o associavam com um ser mágico, que veio a Pinheiro Preto para
transmitir amor, paz e principalmente muita força espiritual a todos sem
distinção.
Nos primeiros anos de iniciação religiosa
de Pinheiro Preto os moradores costumavam se reunir na residência de Pedro
Lorenzon, que destinara uma parte de sua casa para servir de capela. Na margem
direita do Rio do Peixe, ou seja, em Linha Boa Esperança, a comunidade também
se preocupou em construir uma capela, que foi edificada proporcionalmente ao
número de fiéis. Já na margem esquerda do Rio do Peixe, a igreja de São Pedro
recebia as visitas pastorais dos salvatorianos de Videira.
Missa campal celebrada em frente a antiga Igreja de São Pedro. Ao fundo o pavilhão, o primeiro construído pelos moradores.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Conforme o tempo foi passando, as
capelas foram ficando pequenas – o número de fiéis foi aumentando muito – o que
resultou no desejo de construir e/ou reformar as mesmas. Com muito esforço
coletivo, os habitantes de Pinheiro Preto conseguiram “reformar” a capela de
São Pedro.
Como sempre é necessária uma ajuda “profissional”,
o primeiro padre a colaborar religiosamente com a comunidade foi o Padre Trudo
Plessers, que graças ao seu empenho e a inegável colaboração social foram
retomadas e concluídas as obras da construção da Igreja Matriz.
É inevitável que a fé move montanhas, ou no caso de Pinheiro Preto, esperanças. As pessoas que aqui viveram tiveram que entender muito bem o real conceito da palavra “esforço”. Com muito esforço e dedicação, cada ser que por aqui passava, deixava no solo a marca da possível vitória ligada à crença religiosa.
É inevitável que a fé move montanhas, ou no caso de Pinheiro Preto, esperanças. As pessoas que aqui viveram tiveram que entender muito bem o real conceito da palavra “esforço”. Com muito esforço e dedicação, cada ser que por aqui passava, deixava no solo a marca da possível vitória ligada à crença religiosa.
Foto da atual Igreja Matriz de São Pedro de Pinheiro Preto retirada do site:
http://diocesedecacador.org.br/site/wp-content/uploads/2012/08/foto-igreja-pinheiro-preto.jpg
Observação: Este resumo teve como
objetivo descrever um pouco da história religiosa de Pinheiro Preto. O mesmo
foi inspirado – e baseado – pela obra de Alzira Scapin: Pinheiro Preto, sua
história sua gente (1991).
Alunos: Eduarda Carminatti e João
Cruz.
A Balsa
Inicialmente a passagem de um lado para outro no rio do
peixe era feita por meio de canoas mas os acidentes, chuvas constantes que
causavam a cheia do rio e o perigo que a travessia oferecia levaram a
construção de uma balsa por iniciativa de Pedro Lorenzon tendo ajuda de Nicolau
e Simão Sansczuck.
Após seis meses a balsa foi finalizada (quinze metros de
comprimento, quatro de largura e suportando 4.500 quilos, posteriormente
suportando 10.000 quilos). Ela serviu por vinte anos.
A balsa facilitou o transporte das cargas (Lenha, alfafa,
milho, feijão, trigo e suínos vinham de Boa Esperança e redondezas de Pinheiro
Preto) e das pessoas.
Para sustenta-la havia um cabo de aço que vinha abaixo da
estação ferroviária facilitando a descarga de produtos.
Para suprir os gastos com a manutenção da balsa e pagamento
dos balseiros era cobrado inicialmente por uma pessoa a pé 100 réis, com cavalo
200 réis e carroças 300 réis. As quantias foram alteradas com o passar do tempo.
Nos últimos anos úteis da balsa, Ângelo Ponzoni a comprou
para uso exclusivo.
Texto produzido por
Alessandra Boesing e Karen Zanferrari baseado no livro Pinheiro Preto
Sua História Sua Gente de Alzira Scapin.
A Ponte
Em
1.939 amadureceu a ideia da substituição da balsa, com a construção de uma
ponte a qual beneficiária os usuários.
Buscaram-se
recursos com a Prefeitura de Caçador e Campos Novos e houve a colaboração dos
moradores.
Humberto
Bresolin forneceu pedras as quais seriam usadas para os pilares, os pranchões
de cabriúva e angico foram doados por: Bortolo Farina, Vergílio Perin, Balena
Perin, Pedrinho Bressan, Pedro Randon, Henrique Olivo, Sebastião Piccoli e
família Lorenzon. O material era transportado por meio de mulas e em alguns
casos com vagonetes cedidos pela estrada de ferro. Essas informações foram
descritas no livro de Alzira Scapin, Pinheiro Preto, sua história, sua gente.
O trabalho em
pedra foi orientado por José Facchin e a parte da carpintaria por Humberto
Bresolin. Diversos colaboradores de uma ou outra maneira prestaram seu auxilio
para que toda a comunidade usufruísse deste patrimônio.
Ao ser
concluído os pilares e a pista rolante, os trabalhos prosseguiram com a
montagem de uma estrutura para suportar o telhado de zinco, para proteger a
ação da chuva sobre a madeira. A obra apresentou um comprimento de 80,50 metros
por 3 de largura com capacidade estimada em 5.000 kg de carga. O custo chegou a
160 contos de réis, uma parte doada por Humberto Bresolin.
Com o passar
do tempo os encarregados pela obra tiveram problemas, pois as folhas de zinco
eram levadas pela forte ventania e muitas vezes não encontradas.
Ao término da
construção por orientação dos engenheiros foi solicitado o reembolso da quantia
gasta por Humberto Bresolin, o governo não pode disponibilizar esta quantia.
Mais tarde uma solução foi pensada e assim começou-se a cobrar o pedágio, a
taxa foi estabelecida pelas autoridades. O pedágio foi cobrado por
aproximadamente 4 anos, mesmo com esse recurso foi impossível ressarcir os
gastos a Humberto, a ponte foi
inaugurada em 1.943 em uma simples solenidade.
Em 1.967
passou por uma reforma no mandato de Avelino Bressan primeiro prefeito eleito
de Pinheiro Preto, a largura então, era de 5 metros e capacidade de carga
aumentou para 20 toneladas.
Reforma da ponte no ano de 1967
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Foto mostra inauguração da Ponte já reformada no ano de 1967 passando agora a ter 5m de largura e capacidade de 20 toneladas.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Durante a gestão
de Elídio Farina e Osíres Randon, no ano de 1.982, foi construída uma nova ponte desta vez de alvenaria, mas que
continuou tendo por base os pilares da primeira ponte devido sua grande
resistência. A ponte foi nomeada “Ponte Humberto Bresolin” homenagem ao grande
homem que durante sua vida se dedicou ao desenvolvimento de Pinheiro Preto.
Foto da ponte atual, agora de alvenaria com 8,5m de largura.
Texto
produzido por Marisa Neis e Daniela Bidini com informações retiradas do livro
“Pinheiro Preto sua história sua gente” escrito por Alzira Scapin no ano de
1991.
A expansão da
vitivinicultura.
Após o período paleozóico depois de toda a formação do
planeta e da crosta terrestre estar totalmente desenvolvida, a criação de novos
cultivos foi necessária para a sobrevivência humana uma delas foi a uva.
Sua história
começa nos anos de 1418 a 1420 após a
descoberta da Ilha de Madeira pelos navegadores Dom Henrique introduziu o
cultivo dos parreirais. Conta-se que essa prática nasceu ao sul de Caucoso e
esteve presente em toda a Europa, pelas várias civilizações que existiram,
gregos, romanos, fenícios, celtas etc..
As primeiras
mudas de parreiras vieram para o Brasil, em 1532 trazidas pelo agricultor
Martinho Afonso de Souza. O primeiro viticultor brasileiro foi Bráz Cubas, que
plantou uvas perto do litoral, porém, com o clima pouco favorável, fez o
cultivo no planalto paulista e Tatuapé. Em 1551 já havia produção de vinho.
Em São
Paulo nos anos de 1830-1840, a uva
Isabel, chegou na fazenda de Morumbi, vindas pelo inglês John Rudge e em
1839-1842 a uva Isabel chegou ao Rio Grande pelo Marquês Lisboa.
A uva
Niágára branca vinda dos Estados Unidos da América, chegou ao Brasil pelas mãos
de Benedito Marengo e foi difundida rapidamente pelos imigrantes europeus no
resto do país.
Especula-se que a vitivinicultura em Santa Catarina tenha talvez 200 anos.
A mesma chegou em Pinheiro Preto e
foi a maior renda até a
industrialização da cidade.
Nossa cidade, pequena em seu tamanho mais grandiosa em qualidade dos seu cultivo agrícola carrega em sua história cerca de 22 vinícolas. Nossa cidade é conhecida como Capital da Uva de Mesa e Berço do Vinho Catarinense, pois descendentes foram se especializando e diversificando as variedades cultivadas.Segundo estudos, os primeiros parreirais em Pinheiro Preto foram plantados por Guerino de Costa em Linha Patrício, atual São Roque e André Lorenzon em Linha Caxias entre 1920-1922, eram formados com uvas de origem européia ou denominadas comuns, sendo entre estas, mais conhecida a variedade Isabel.(SCAPIN, 1991, p.112)
Ocupado por
exuberantes parreirais que vestem majestosamente o terreno de formação
ondulante, oferecendo aos olhos uma visão de beleza rara, comparada aos lugares
italianos.
A economia
do município de Pinheiro Preto baseia-se na exploração das atividades primárias,
além do cultivo da uva, abrangem pêssegos e ameixas.
Agricultura
tem grande incentivo do governo do município que realiza um trabalho voltado
para o homem do campo.
Os lugares
de Pinheiro Preto, são realmente maravilhosos com uma imagem atrativa e exuberante,
com vários vinhedos e parreirais além de muitas indústrias que geram trabalhos
toda esta cultura é passada de pai para filho, de geração em geração.
Foto registrada por Jussara F. T. Einsweiler no Parreiral da família Rech
Foto registrada por Jussara F. T. Einsweiler no Parreiral da família Rech
Texto produzido pelas alunas do terceiro ano do Ensino
Médio da Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira.
Thalita Perazzoli
Gabriele Bee
Helaine Piva Zancanelli
Dhiuli Backes Ravarena
Baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua gente de Alzira Scapin.
A educação em Pinheiro Preto
Com o início da colonização, o vilarejo de Pinheiro Preto
registrava cada ano um expressivo crescimento em decorrência da vinda de novas
famílias que chegaram de diferentes lugares. Essas famílias eram formadas por
um grande número de filhos que precisavam ter acesso a escola. Muitos problemas
foram enfrentados pelos pioneiros, um deles foi a falta de condições para o
estudo das crianças.
Os líderes da época juntamente com os pais, decidiram que a
escola provisória seria na pequena casa do “Guarda Chaves”. Outro problema, era
encontrar alguém capacitado para desempenhar a tarefa de lecionar, então mais
uma vez os líderes locais foram até o agente ferroviário, que afirmou de
imediato o início das aulas, que começou com um pequeno grupo de dez alunos.
O agente da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, João de
Deus foi o primeiro professor de Pinheiro Preto. Segundo relatos as aulas
começaram aproximadamente na década de 20. Não existe registros sobre o tempo
em que João Jesus de Deus lecionou, por motivo de sua transferência para outro
local de trabalho.
Com a mudança de professor ocorreu também a mudança de sala
de aula em decorrência do crescente número de alunos devido a chegada de novas
famílias. A escola passou a funcionar no andar térreo da residência de Pedro
Lorenzon, as aulas eram ministradas por Albino Donadel que veio da cidade de
Erechim. Ex-alunos de Albino relatam que ele era um homem extremamente bom e é
lembrado até hoje pela maneira carinhosa que tratava as crianças e pelas balas
que sempre distribuía aos pequenos.
Estudantes de Pinheiro Preto em frente a sala que funcionava no andar térreo da residência de Pedro Lorenzon.

Estudantes de Pinheiro Preto em frente a sala que funcionava no andar térreo da residência de Pedro Lorenzon.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
O segundo professor de Pinheiro Preto, lecionou por pouco
tempo, sendo substituído pela senhora Josefina Lorenzon que também é lembrada
por sua dedicação aos alunos. A professora não lecionou não lecionou por muito tempo e então as aulas
passaram a ser ministradas pelo Agente Ferroviário Alexandre Monasterqui.
Antigos alunos de Monasterqui relatam que ela era um homem
de forte personalidade, embora rígido, porém respeitado. Quando precisava
ausentar-se da sala de aula para resolver problemas, junto à estação Alexandre
era substituído pela esposa Fenia temida pelos alunos pela extrema rigidez com
que conduzia as crianças. Ainda segundo os alunos, Alexandre jamais deixava de
ser prestativo e atencioso com todos.
Professor Alexandre Monasterqui e seus alunos - 20/11/1927.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
O professor José Cúrsio lecionou na Vila Bressan onde havia
reservado um cômodo da sua casa para dar aula. Os alunos de Cúrsio, em
depoimentos, falam sobre as qualidades do mestre, que eram avançados para a
época em que viviam.
Todo final de ano vinha uma banca examinadora de Tangará
para Pinheiro Preto para ver quais alunos realmente tinham condições de evoluir
para um novo ano. Ele foi educador por um longo tempo em Pinheiro Preto e as
pessoas lembram dele com muito carinho.
Em 1932 João Heck se estabeleceu em Pinheiro Preto. Desde
que começou a morar na cidade ele passou a organizar uma escola em sua
residência que funcionou por mais de duas décadas.
Depois da saída de Cúrsio fundou-se uma escola no pavilhão
da Igreja de São Pedro aproximadamente no ano de 1940, essa passou a ser
chamada de Escola Estadual Mista e mais tarde passou a ser chamada de Escola
Estadual Desdobrada.
Texto produzido pelas alunas Gabriele Trevisol, Karize
Aparecida Neis, Vitória Rita Holek Pinto e Paola Piovesan baseado no livro: “Pinheiro
Preto, sua história, sua gente”, de Alzira Scapin.
Escolas reunidas
professor
Francisco Anselmo Correia.
Francisco Anselmo Correia.
Após a realização dos estudos, foi tomada a decisão de
reunir duas escolas (Escola Estadual Simples de João Heck e Escola Estadual Desdobrada),
para formar a escola reunidas professor Francisco Anselmo Correia, que se
encontra onde atualmente é a Escola de Educação Básica Professora Maura de
Senna Pereira.
O nome Maura de Senna Pereira
foi em homenagem à professora, poeta e escritora que faleceu em 20/01/1992 no
Rio de Janeiro, A escola Maura de Senna Pereira foi criada em 1971 e em 1981 foi inaugurado o prédio onde funciona até hoje.
Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira, atualmente
Desde o início do projeto até a conclusão da
construção do colégio Dom Bosco , o padre Trudo, enfrentou uma verdadeira
maratona. Seu esforço levou a procurar ajuda externa pois estava convicto de
que somente com recursos da própria comunidade seria impossível concluir esse
empreendimento.
A reunião da fundação
aconteceu em 7 de agosto de 1963, os trabalhos de construção foram iniciados e
prosseguiram aceleradamente até serem concluídos no final de 1964. O colégio
foi inaugurado no dia 17 de janeiro de 1965.
Em
01 de abril de 1965 foram
iniciadas as aulas,irmã Eliane era a diretora, o colégio abriu as portas
a 195
alunos divididos em cartilhas e mais cinco séries. A escola era mantida
pela paróquia pela comunidade e em 1972 eles decidiram transferir
para o estado. No dia 23 de julho de 1974 eles realizaram essa reunião. O
objetivo era trazer mais oportunidades para os aluno colocando o 2º grau
no
município.
Na reunião estava autoridades e pessoas ligadas a área e
também o coordenador Estadual Eduardo Mário Tavares e Saturnino Dodon professor e coordenador do ensino.
Entre todos os cursos apresentados a comunidade optou
pelo curso técnico auxiliar de administração pois se encaixava melhor com a
comunidade. As aulas foram começadas em fevereiro de 1975 no colégio Dom Bosco,
mas após concluir o 1º grau tinham que ir para cidades vizinhas para concluir
os estudos.
Colégio Cenecista Dom Bosco - Prédio ainda existe mas está desativado.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Este texto foi abordado sobre
a escola reunidas professor Francisco Anselmo Correia e sobre o Dom Bosco,
retirando-se partes do livro Pinheiro Preto sua história sua gente criado por
Alzira Scapin.
Alunos: Fernando Kercher, Jizeli Aparecida Rosa Kercher,
Lucas Costa e Mara Eduarda Perin.
Emancipação de Pinheiro Preto
No final da
década de 50, várias pessoas de ambas as margens do rio do peixe, se
mobilizaram para com o objetivo de emancipar Pinheiro Preto. A expressa opinião
dos moradores, atendia ao requerimento do vereador Antonio Teixeira Pinto que
era favorável ceder ao município a ser emancipado as Linhas São Roque e
Bressan. Uma vez entregue o resultado obtido por tanta perspicacia, foi enviado
um documento para a Câmara de Videira para o processo de criação do município.
Escrivão Germano Schwartz Filho, fazendo a leitura da ata de instalação do município de Pinheiro Preto, na presença de diversas autoridades e público em geral.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Lei N° 817 de 4 de Abril de 1962 .
CRIA O MUNICÍPIO DE PINHEIRO PRETO
O deputado João Estivalet Pires, presidente da Assembleia Legislativa do estado de Santa Catarina, de conformidade com o art. X e art. 22 da Constituição do Estado, faz saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu promulgo a seguinte lei:Art. 1°- Fica criado de conformidade com as Resoluções números 57 1/63 de março do corrente ano, das Câmaras Municipais de Tangará e Videira Respectivamente o município de Pinheiro Preto.
Art 22°- O município de Pinheiro Preto, desmembrado dos territórios dos municípios de Videira e Tangará terá como sede a localidade do mesmo nome e ficará pertencendo à jurisdição da Comarca de Tangará.(SCAPIN, 1991, p.97)
Aprovada a
criação do município todos retornam para Pinheiro Preto, onde juntamente com a
comunidade festejaram esse grande acontecimento.
No início a prefeitura funcionou na antiga residência de Pedro Lorenzon, onde ficou acertado com a proprietária, que na época era a senhora Nilde Lorenzon, que como aluguel não se pagaria mensalmente uma quantia estipulada, mas que o inquilino no caso a
Prefeitura se encarregaria de fazer a manutenção e conservação do imóvel.
Vista Parcial de Pinheiro preto em 1962, onde aparece a velha ponte, um trecho da atual Avenida Castelo Branco. A seta aos fundos indica a casa onde funcionava a Prefeitura logo após a emancipação do Município. Foto registrada em 05/11/1962.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Posteriormente a Prefeitura passou a instalar-se no prédio que atualmente comporta o Museu municipal e atualmente o novo Centro
Administrativo, encontra-se na Avenida Arthur da Costa e Silva.
Ivo Tizziani foi o prefeito
provisório de Pinheiro Preto. Nomeado em 4 de maio de 1962, permaneceu no cargo
até 31 de janeiro de 1963 quando assumiu o primeiro prefeito eleito da história do
município, o senhor Avelino Bressan.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Texto produzido pelos alunos:
Marcos Scaraboto, Edelvan Antes e Rodolfo Bogoni, baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história sua gente de Alzira Scapin.
Passagem de Getúlio Vargas em Pinheiro Preto
Uma das histórias que ficou marcada na vila de
Pinheiro Preto durante a revolução de 1930, foi a passagem do presidente do Rio Grande
do Sul e líder revolucionário Getúlio Dorneles Vargas, durante a viagem que saiu do seu estado rumo ao Rio de Janeiro.
Passando por Pinheiro Preto teve que permanecer durante
quatro horas na vila, por motivo do descarrilamento de um trem que por medida
de segurança seguia a frente abrindo caminho evitando emboscadas.
Esse descarrilamento ocorreu entre o Lageado da Cruz e o
túnel que continuou interditado por algumas horas.
Como o trem onde viajava Getúlio, vinha em uma boa
distância do primeiro trem, foi possível parar o mesmo ainda em frente a casa de parada (estação)
da pequena vila.
Por segurança alguns soldados desceram do trem para
vasculhar o terreno, e após constatar a segurança do local, permitiram que Vargas
desembarcasse, dirigindo-se assim ao hotel de João Lorenzon. Os moradores organizaram
as pressas uma comissão formada por Pedro Bressan, Fiorelo Appi e o chefe da
estação que cumprimentaram Vargas em nome dos moradores.
Infelizmente o telegrama foi perdido durante as mudanças das casas dos Lorenzon e nem mesmo até onde se buscou, existem fotos que registrem importante passagem pela nossa cidade.“ Depois dos comprimentos de praxe, Vargas indagou aos três quem era o colonizador daquele local, que lhe respondem ser Pedro Lorenzon e que não se encontrava presente. - Então providenciem para que venha falar comigo diz Getúlio. Algum tempo depois entra no recinto Pedro Lorenzon e saúda o chefe revolucionário, sendo interrogado por ele. (...)(SCAPIN, 1991, p.166)Finda a conversa entre os dois, Getúlio ordenou aos subordinados que fossem ao trem e separassem 25 fuzis e 5.000 balas, entregando-os ao comando de Pedro Lorenzon. Ato contínuo, como o trafego já estivesse restabelecido, Getúlio embarcou no trem e seguiu viagem rumo ao poder. Tempos depois chega a Pinheiro Preto um telegrama do presidente dando contas de sua vitória no Rio de Janeiro...” (SCAPIN, 1991, p.166)
Usina Força e Luz São Pedro
No final dos
anos 30 os moradores de Pinheiro Preto e Boa Esperança construíram uma usina
elétrica, aproveitando as águas do Rio do Peixe, a ideia foi aprovada por toda
a população, e contou com a adesão dos moradores de Iomerê, que também foram
beneficiados com a energia produzida.
O líder do movimento da construção foi Humberto
Bresolin que esteve sempre a frente de todas as obras ao decorrer da construção e do
projeto.
“Dentro do projeto de construção, os trabalhadores deixavam a cada poucos metros um vão (ladrão), interrompendo o fluxo normal das águas e permitindo a continuação dos serviços mais adiante. Tal processo foi seguido até o final da obra. Quando a equipe alcançou a metade do rio foram construídas grandes caixas de madeira posteriormente enchidas com terras e pedras. (...)(SCAPIN, 1991, p.170).A turbina geradora foi adquirida em Marcelino Ramos e transportada desde a fundição até o local no mesmo caminhão utilizado nas obras, o único então existente em Pinheiro Preto.”(SCAPIN,1991, P. 170)
Uma grande festa de inauguração contou com a presença
de um público expressivo com pessoas do município e de toda região. Este dia
ficou marcado na vida de várias pessoas que se esforçaram para que o sonho se
tornasse realidade.
“A usina Força e Luz São Pedro – a primeira a fornecer eletrificação rural no Brasil, foi administrada por seus acionistas até o ano de 1962, passando dessa data em diante para as Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC.”(SCAPIN, 1991, p.172)
Texto produzido pelos alunos: Francislaine, Cristiane e Ezequiel, baseados no livro de Alzira Scapin: Pinheiro Preto, sua história, sua gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário