TECNOLOGIA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO UNIDOS NO MESMO IDEAL

TECNOLOGIA: PASSADO, PRESENTE E FUTURO UNIDOS NO MESMO IDEAL

Conhecendo o passado para construir o futuro!

Este blog foi criado com o objetivo de divulgar e registrar para as futuras gerações, um pouco da história do povo de Pinheiro Preto, para que se conheçam as raízes, os fatos, os acontecimentos que deram origem a este município.

Através da tecnologia buscar-se-á fazer tão importante resgate e registro para que em qualquer tempo e lugar possa-se conhecer um pouco mais do lugar onde se vive.

PINHEIRO PRETO - SUA HISTÓRIA - PASSADO E PRESENTE

Resgatar a história de um povo é de fundamental importância para afirmação de sua cultura e valorização de suas raízes.
Este projeto visa envolver os alunos no resgate histórico do município de Pinheiro Preto desde a colonização até os dias atuais com o levantamento de fotos, histórias e contos e a partir deste levantamento desenvolver atividades em sala e posteriormente desenvolver uma página publicando todo o material.


Sendo assim vê-se a oportunidade de envolver os alunos em seu contexto histórico e cultural onde poderão juntos com seus familiares reavivar a memória de si próprios e de seus antepassados e oportunizar a criação de um registro para as futuras gerações. 




Pinheiro Preto na atualidade


Pinheiro Preto, recebeu o título de “Capital Catarinense do Vinho” através da Lei Estadual nº 12.145 de 05 de abril de 2002, localiza-se no Alto Vale do Rio do Peixe no Meio Oeste Catarinense, região do contestado e pertence a AMARP – Associação dos Municípios do Alto Vale do Rio do Peixe.  Situa-se na latitude 27º03'02“ sul e na longitude 51º13'51" oeste estando a uma altitude média de 696 metros. Limita-se ao norte com Videira, ao sul com Tangará, ao leste com Videira e Tangará e a oeste com Ibicaré e Iomerê. Pinheiro Preto se distancia de 490 quilômetros da capital do Estado, Florianópolis.


Através da descentralização proposta pelo governo estadual, Pinheiro Preto faz parte da 9ª SDR - Secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado de Santa Catarina e a educação está sob o comando da 9ª Gerência Regional de Educação com sede em Videira.


A população de Pinheiro Preto tem como maior descendência o italiano, destaque também para o alemão, polonês e ultimamente devido ao grande fluxo de famílias que tem chegado devido ao emprego na indústria já há uma miscigenação muito grande.


Sua população em 2010 segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 3.147 habitantes. Possui uma área de 65.856 km². Sua densidade demográfica, portanto é de 47,79 habitantes por Km2 e a estimativa para 2014  é para 3.314 habitantes. Apresenta estações bem definidas, seu clima é do tipo temperado com uma temperatura média anual de 17,4º C. De acordo com o site o gentílico é pinheirense.


Pinheiro Preto é o maior produtor de vinhos do Estado de Santa Catarina, sendo que no ano de 2000 foi responsável por 48% da produção total do Estado. Tem uma área de 443 hectares de parreiras com produção, contudo, insuficiente para a demanda das 22 vinícolas instaladas no Município. O que é angariado junto a outros municípios catarinenses e também do Rio Grande do Sul. A produção de uva, sua industrialização e a consequente produção de vinho representam a base de sua economia. Contudo, não podemos deixar de enfatizar outras indústrias como beneficiamento de papel e plástico, indústrias de massas e as atividades agrícolas principalmente a criação de frangos e suínos.
Abaixo contamos um pouco da história de Pinheiro Preto, com a ajuda dos alunos da 3ª série 01 e 02 da Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira, que baseados no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua gente de Alzira Scapin, fizeram sua leitura e recontaram um pouco da história.


Quem foram os primeiros Colonizadores


O livro Pinheiro Preto sua história sua gente conta que havia gente morando aqui quando chegaram os primeiros colonizadores. Esses moradores eram os caboclos João e Avelino Góes que moravam com suas famílias, isolados. Segundo conta a história, sobreviviam da coleta de frutos, da caça e pesca abundante na região.
Pedro Lorenzon foi um dos primeiros a comprar as terras em Pinheiro Preto.
 
Morando sozinho em meio a floresta, num local ermo e totalmente desprovido de recursos, abrigado apenas por alguns ranchões dispostos de maneira a formar tosca habitação, correndo o risco de ser atacado por animais que comumente rodavam a pobre morada. (SCAPIN,1991,p.49).
Família de André Lorenzon(pais de Pedro Lorenzon)
Da esquerda para a direita, em pé: Joana, João Luiz, Paulo, Antonio, José e Augusta.
Sentados: Margarida, André, Tereza Zacaron e Pedro. Foto de 1.915
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto


 Família de Pedro Lorenzon: Da esquerda para a direita, em pé: Terezinha, Santina Bresolin Lorenzon, André, Cláudio e esposa Iná e Arlindo.Sentados: Nilde, Getúlio, Angela Frigieri, Pedro e Zenil (Geni). Foto de 1941.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto


Os casais João Lorenzon e esposa Luiza, Pedro Lorenzon e Angela, Antonio Bressan e Margarida. Foto de 1925.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
A fertilidade desta terra prodiga em riquezas, atraiu imediatamente outros colonizadores... ...Logo em seguida ao primeiro desbravador, chegaram em Pinheiro Preto, Pedrinho e João Bressan, o primeiro se instalou nas terras hoje pertencentes  ao senhor José Denardi e o segundo na atual Vila Bressan. Enquanto Pedrinho permanecia no local, João retornou a Guaporé, somente voltando com as duas famílias quando as casas já estavam construídas. Neste meio tempo chegou também Antônio Bressan adquirindo terreno localizado pouco adiante da vila Bressan. (SCAPIN,1991,p.50).
Família de Pedro Bressan: Esquerda para direita, em pé: Mário, Aquelino e Enídio. 
Sentados: Pedro Bressan, Irene, Adir e Nadir.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 


 A casa de madeira coberta de tabuinhas, foi a 1ª casa construída por João Bressan em Pinheiro Preto. Na foto a família fez uma pose especial em frente a residência. Da esquerda para a direita: João, Santina, Arlindo(nos braços da mãe), Batista, Ricieri, Reinaldo, Amélia, Cebila, Ernesto, Gecomina, Vilma Mariana e Adele.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto



Novas famílias também chegavam ao local, entre eles João Lorenzon e Paulo Lorenzon.
Família de João e Santina Bressan
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

Na margem direita do rio do peixe os primeiros moradores foram Nicolau e Simão Sansczuck.
 No ano de 1921 chegaram ao local o gaúcho Hermínio Longo e o emigrante italiano Luiz Viecelli... (SCAPIN,1991,p.51)

Assim pelo que conta a história, estes foram os primeiros colonizadores. 

Texto produzido por Jhonatan Rigo e Gian Hack baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história e sua gente de Alzira Scapin.



A Estrada de Ferro: São Paulo – Rio Grande do Sul.


No ano de 1888 inicia-se a construção da ferrovia Vale do Rio do Peixe que ligaria as províncias de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os troncos dos gigantescos pinheiros que existiam em abundância no Vale do Rio do Peixe, foram usados como estruturas das pontes, provisórias.
 Troncos de pinheiros que existiam em abundância no Vale do Rio do Peixe, foram usados como estruturas das pontes provisórias. Nesta foto a Maria-Fumaça está sobre uma dessas pontes construída engenhosamente por muitos trabalhadores que abriram em plena região contestada a estrada que trouxe posteriormente os colonizadores que desbravaram essa região.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
 
As pontes de madeira aos poucos foram sendo substituídas por novas  de estruturas metálicas. A foto mostra um trem carregado de dormentes utilizados na construção da via permanente.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Na foto o trabalho de um grupo de homens  erguendo vagões descarrilados. Com uma espécie de "macaco", os trabalhadores colocavam dormentes sob a composição até erguê-la ao nível dos trilhos, essa operação era perigosa e era preciso ter muita força.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto




Os fazendeiros e lavradores colaboraram com a exploração da região através dos caminhos já abertos com facões. Neste mesmo tempo, as províncias de Paraná e Santa Catarina disputavam grandes áreas de terra, então, tiveram que analisar os limites internacionais e interprovinciais.

A partir de 1890 a ferrovia começou a se tornar realidade, com a ajuda de recursos estrangeiros, obtidos através do engenheiro principal da grande obra.


No entanto, os trabalhos nos anos subsequentes prosseguiram muito lentamente e a linha tronco original (Itararé Santa Maria), chegava aos anos 1904-1905, portanto, 15 anos após, somente com 599 quilômetros entregues ao tráfego; quando a concessão original dava um prazo não superior a 5 anos para a conclusão de todos os 1403 quilômetros.(.SCAPIN,1991, p. 22).



A “Brazil Railway Company” foi fundada em 1905 e assumiu o controle da construção da ferrovia, o que deu uma acelerada a construção, mas mesmo assim em 1907 tiverem um prazo maior (três anos) para terminar a obra.

Em dezembro de 1909 já haviam 4000 trabalhadores e os salários eram pagos pela companhia através de empreitadas. Cada grupo de trabalhadores tinham uma tarefa específica a ser concluída.

Como eram prometidos altos salários, o Vale do Rio do Peixe foi tomado por grandes quantidades de trabalhadores sem nenhuma forma de direitos trabalhistas, que não garantiam vínculo empregatício.

Como o Brasil tinha uma desavença com a Argentina, partiu uma ordem do Rio de Janeiro que acelerassem o processo, caso houvesse algum ataque teriam acesso fácil a transporte (tanto de armas quanto de pessoas).

Junto com os trabalhadores de bem, foram introduzidas pessoas “maltrapilhas”, que nada temiam. Para tentar manter a ordem foi formado um Corpo de Segurança Especial, que acabou falhando em sua missão.
...como é narrado por um engenheiro da construção, no livro de Oswaldo Cabral, “A Campanha do Contestado”: “se fosse possível reunir o sangue de todas as vítimas havidas ao longo do tempo, por largo período as águas daquele rio vizinho (Rio do Peixe) correriam rubras”.(SCAPIN, 1991, p.25)
 Apesar de todas as mortes os trilhos continuavam rumo ao seu destino.

No dia 1º de Maio de 1910 foi inaugurado e aberto ao tráfego o trecho até Pinheiro Preto.
Foto do túnel logo após sua construção. A data de conclusão 12/10/1909 foi gravada na rocha pelos trabalhadores que executaram importante obra.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
  Quando a obra foi finalmente concluída, restou aos trabalhadores apenas a deslealdade, pois se esforçaram tanto para acabarem sendo abandonados pelos empreiteiros.

Graças a grande obra que foi a construção da ferrovia que ligava São Paulo ao Rio Grande, os colonizadores vieram em massa para nossa região, fixaram-se aqui pois os produtos eram mais fáceis de serem vendidos próximo a estrada de ferro.
Túnel atualmente - foto tirada por Jussara Einsweiler em maio de 2013
Texto produzido por Ederson Heinemann e Amanda Busanello, baseado no livro “Pinheiro Preto: sua história, sua gente” da autora Alzira Scapin, do ano de 1991.



O cemitério do túnel

Em meio a construção da estrada de ferro na localidade de Pinheiro Preto foi construído um túnel, trabalhadores ao  exercer essa importante obra deixaram para posteridade a data de conclusão que foi dia 12/10/1909 e a sigla   da companhia construtora a inscrição KIL°167.
O túnel localizado em Pinheiro Preto de acordo com o que está citado no livro de Alzira Scapin foi o único perfurado pela companhia no trecho entre os rios Iguaçú e Uruguai. Totalmente perfurado na rocha mede aproximadamente 100 metros, e evitou um alongamento de dois quilômetros em curva.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 

Nas proximidades deste túnel aproximadamente 150 metros sentido sul, existia, segundo testemunham os moradores de Pinheiro Preto um cemitério na beira dos trilhos, que passaram a denominá-lo por Cemitério do túnel.

O primeiro colonizador, Pedro Lorenzon percorrendo um dia as proximidades do túnel encontrou casualmente o cemitério, sua curiosidade o levou a contar os números da sepultura que levou a soma de aproximadamente 40, muitas cruzes no chão, já desgastadas pela ação do tempo.

Procurando informações sobre o cemitério, Lorenzon ficou sabendo que lá havia sido enterrado também pessoas que trabalhavam na ferrovia, diversos outros depoimentos colhidos afirmam a existência desse cemitério que com o passar dos tempos os capins foram invadindo e cobrindo as sepulturas e  com crescimentos de gramíneas acabou provocando um incêndio, queimando  inclusive as velhas cruzes existentes no local.

Hoje muitos que passam pelo cemitério sequer sabem que os trabalhadores da estrada de ferro ali descansam.
Foto do cemitério do túnel atualmente - foto maio de 2013


Texto produzido por: Dioneiva de Almeida Guidoni, baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua gente de Alzira Scapin.



                           Assalto ao Trem Pagador

No dia 24 de outubro de 1909 aconteceu o primeiro assalto ao “trem pagador”, registrado na cidade de Pinheiro Preto. Nome dado porque o trem trazia consigo o pagamento de aproximadamente 10 mil trabalhadores.

 O pagador da companhia chamava-se Henrique Jorge Baroni posteriormente a locomotiva foi comandada por Guilherme, Menezes e Lino Ferreira.

 Nas proximidades do túnel  localizado em Pinheiro Preto a viagem é interrompida por  José Antonio Oliveira popularmente conhecido como Zeca Vacariano, que vinha acompanhado por uma bando de 30 homens, realizando assim o roubo ao dinheiro e também as arma contidas no trem. Zeca executou Guilherme e Menezes e deixou ferido Lino Ferreira.

 Zeca era um dos taifeiros da construção,  contratou mais trabalhadores do que o necessário para atuar em sua companhia, não podendo paga-los optou pelo assalto ao trem, o bandido morava perto da estrada de ferro e sabia todos os horários e dias em que o do pagamento seria entregue, facilitando assim seu plano.

Após o assalto os bandidos se dispersaram seguindo uns em direção à linha do trem e outros escondendo-se na mata.

No local onde aconteceu o assalto foi construída uma cruz de ferro em homenagem às vítimas do bandido Zeca Vacariano.
Cruz do Zeca Vacariano
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
Texto produzido por Thalia Karina Donadel com base no livro ”Pinheiro Preto sua história sua gente” de Alzira Scapin.



Religião:

A semente da prosperidade



Todo lugar onde há gente, há fé. Isso se evidencia ao pensar que no começo, toda cidade não passa de um pedaço de terra, desocupado, sem utilização. O sonho é a base de tudo. E por que não acompanhado de esperança? É como se as uvas que hoje aqui estão germinadas, agradecessem pelo solo fértil que só foi conquistado porque houve pessoas que há um bom tempo atrás lutaram para dar a Pinheiro Preto o título de Capital Catarinense do Vinho.
“Os bravos colonizadores, trouxeram em sua bagagem além da esperança no futuro, da confiança na força de seu trabalho, da determinação em construir neste solo – Pinheiro Preto – um venturoso amanhã, algo bem mais importante: a inabalável fé em Deus, esse ser supremo e infinito, criador e conservador do universo, causa necessária de tudo o que existe.” (SCAPIN, 1991, p. 75)

 Os que pisavam neste solo abençoado, mais que sonhos de prosperar economicamente, carregavam a crença na transcendência – que os fazia mais fortes para continuar batalhando numa terra “virgem” - que os motivava diariamente.

Mesmo encontrando muitas dificuldades, os sacerdotes conseguiam - com muito esforço – levar a palavra cristã para a maioria dos moradores. Se havia algo que ajudava Pinheiro Preto a crescer em todos os sentidos era a estrada de ferro, que fazia da cidade um grande centro que adquiria culturas – e crenças - diferentes em seu cotidiano. 
 




















Moradores durante uma festa em frente a Igrejinha de São José na comunidade de Boa Esperança, margem direita do Rio do Peixe. 
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto  
Alzira Scapin cita no livro Pinheiro Preto, sua história sua gente, lançado no ano de 1991: “Frei Gregório foi o primeiro padre a colocar os pés nessa singela cidade com a missão de realizar junto a pequena população um trabalho pastoral. “Frei Gregório, da Ordem Francisca, desembarcou em Pinheiro Preto, procedente de Bom Retiro (Luzerna), onde segundo o livro Tombo da Paróquia de São João Batista de Bom Retiro, registra que a primeira capelinha foi ali construída no ano de 1823.”
 
Fiéis da Igreja de São José em Boa Esperança Durante uma procissão com a imagem do padroeiro da comunidade. Ao fundo aparece a escola. Foto de 1948.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 

Muitas pessoas que tiveram o prazer de conhecer o Frei, afirmam que ele era um homem muito bondoso, cordial e amigo com todos os membros da sociedade. Seu carisma conquistava a todos que o conheciam muitos o associavam com um ser mágico, que veio a Pinheiro Preto para transmitir amor, paz e principalmente muita força espiritual a todos sem distinção.

 Nos primeiros anos de iniciação religiosa de Pinheiro Preto os moradores costumavam se reunir na residência de Pedro Lorenzon, que destinara uma parte de sua casa para servir de capela. Na margem direita do Rio do Peixe, ou seja, em Linha Boa Esperança, a comunidade também se preocupou em construir uma capela, que foi edificada proporcionalmente ao número de fiéis. Já na margem esquerda do Rio do Peixe, a igreja de São Pedro recebia as visitas pastorais dos salvatorianos de Videira. 
Missa campal celebrada em frente a  antiga Igreja de São Pedro. Ao fundo o pavilhão, o primeiro construído pelos moradores.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 


 Conforme o tempo foi passando, as capelas foram ficando pequenas – o número de fiéis foi aumentando muito – o que resultou no desejo de construir e/ou reformar as mesmas. Com muito esforço coletivo, os habitantes de Pinheiro Preto conseguiram “reformar” a capela de São Pedro.

 Como sempre é necessária uma ajuda “profissional”, o primeiro padre a colaborar religiosamente com a comunidade foi o Padre Trudo Plessers, que graças ao seu empenho e a inegável colaboração social foram retomadas e concluídas as obras da construção da Igreja Matriz.
É inevitável que a fé move montanhas, ou no caso de Pinheiro Preto, esperanças. As pessoas que aqui viveram tiveram que entender muito bem o real conceito da palavra “esforço”. Com muito esforço e dedicação, cada ser que por aqui passava, deixava no solo a marca da possível vitória ligada à crença religiosa.
Foto da atual Igreja Matriz de São Pedro de Pinheiro Preto retirada do site:
http://diocesedecacador.org.br/site/wp-content/uploads/2012/08/foto-igreja-pinheiro-preto.jpg

        Observação: Este resumo teve como objetivo descrever um pouco da história religiosa de Pinheiro Preto. O mesmo foi inspirado – e baseado – pela obra de Alzira Scapin: Pinheiro Preto, sua história sua gente (1991).

       

        Alunos: Eduarda Carminatti e João Cruz.

    
A Balsa
Inicialmente a passagem de um lado para outro no rio do peixe era feita por meio de canoas mas os acidentes, chuvas constantes que causavam a cheia do rio e o perigo que a travessia oferecia levaram a construção de uma balsa por iniciativa de Pedro Lorenzon tendo ajuda de Nicolau e Simão Sansczuck.
Após seis meses a balsa foi finalizada (quinze metros de comprimento, quatro de largura e suportando 4.500 quilos, posteriormente suportando 10.000 quilos). Ela serviu por vinte anos.
A balsa facilitou o transporte das cargas (Lenha, alfafa, milho, feijão, trigo e suínos vinham de Boa Esperança e redondezas de Pinheiro Preto) e das pessoas.
Para sustenta-la havia um cabo de aço que vinha abaixo da estação ferroviária facilitando a descarga de produtos.
Para suprir os gastos com a manutenção da balsa e pagamento dos balseiros era cobrado inicialmente por uma pessoa a pé 100 réis, com cavalo 200 réis e carroças 300 réis. As quantias foram alteradas com o passar do tempo.


Nos últimos anos úteis da balsa, Ângelo Ponzoni a comprou para uso exclusivo.
Alunos do professor José Cursio atravessam de balsa o Rio do Peixe. A foto foi tirada no dia 7 de setembro de 1938, mostra como era a margem esquerda do rio onde aparecem em segundo plano a igreja de São Pedro e o Hotel Belotto.

Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

Texto produzido por Alessandra Boesing e Karen Zanferrari baseado no livro Pinheiro Preto Sua História Sua Gente de Alzira Scapin.


A  Ponte

Em 1.939 amadureceu a ideia da substituição da balsa, com a construção de uma ponte a qual beneficiária os usuários.

Buscaram-se recursos com a Prefeitura de Caçador e Campos Novos e houve a colaboração dos moradores.

Humberto Bresolin forneceu pedras as quais seriam usadas para os pilares, os pranchões de cabriúva e angico foram doados por: Bortolo Farina, Vergílio Perin, Balena Perin, Pedrinho Bressan, Pedro Randon, Henrique Olivo, Sebastião Piccoli e família Lorenzon. O material era transportado por meio de mulas e em alguns casos com vagonetes cedidos pela estrada de ferro. Essas informações foram descritas no livro de Alzira Scapin, Pinheiro Preto, sua história, sua gente.

O trabalho em pedra foi orientado por José Facchin e a parte da carpintaria por Humberto Bresolin. Diversos colaboradores de uma ou outra maneira prestaram seu auxilio para que toda a comunidade usufruísse deste patrimônio. 

Ao ser concluído os pilares e a pista rolante, os trabalhos prosseguiram com a montagem de uma estrutura para suportar o telhado de zinco, para proteger a ação da chuva sobre a madeira. A obra apresentou um comprimento de 80,50 metros por 3 de largura com capacidade estimada em 5.000 kg de carga. O custo chegou a 160 contos de réis, uma parte doada por Humberto Bresolin.
 

Foto da 1ª ponte iniciada em 1939 e concluída em 1943. Em madeira com 80,50 m de comprimento, 3 m de largura e coberta com folhas de zinco.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

Com o passar do tempo os encarregados pela obra tiveram problemas, pois as folhas de zinco eram levadas pela forte ventania e muitas vezes não encontradas.

Ao término da construção por orientação dos engenheiros foi solicitado o reembolso da quantia gasta por Humberto Bresolin, o governo não pode disponibilizar esta quantia. Mais tarde uma solução foi pensada e assim começou-se a cobrar o pedágio, a taxa foi estabelecida pelas autoridades. O pedágio foi cobrado por aproximadamente 4 anos, mesmo com esse recurso foi impossível ressarcir os gastos a Humberto, a ponte foi  inaugurada em 1.943 em uma simples solenidade.

Em 1.967 passou por uma reforma no mandato de Avelino Bressan primeiro prefeito eleito de Pinheiro Preto, a largura então, era de 5 metros e capacidade de carga aumentou para 20 toneladas.
Reforma da ponte no ano de 1967
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto
 

Foto mostra inauguração da Ponte já reformada no ano de 1967 passando agora a ter 5m de largura e capacidade de 20 toneladas.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

Durante a gestão de Elídio Farina e Osíres Randon, no ano de 1.982, foi construída uma  nova ponte desta vez de alvenaria, mas que continuou tendo por base os pilares da primeira ponte devido sua grande resistência. A ponte foi nomeada “Ponte Humberto Bresolin” homenagem ao grande homem que durante sua vida se dedicou ao desenvolvimento de Pinheiro Preto.


Foto da ponte atual, agora de alvenaria com 8,5m de largura.
Texto produzido por Marisa Neis e Daniela Bidini com informações retiradas do livro “Pinheiro Preto sua história sua gente” escrito por Alzira Scapin no ano de 1991.





A expansão da vitivinicultura.       



Após o período paleozóico depois de toda a formação do planeta e da crosta terrestre estar totalmente desenvolvida, a criação de novos cultivos foi necessária para a sobrevivência humana uma delas  foi a uva.

  Sua história começa nos anos  de 1418 a 1420 após a descoberta da Ilha de Madeira pelos navegadores Dom Henrique introduziu o cultivo dos parreirais. Conta-se que essa prática nasceu ao sul de Caucoso e esteve presente em toda a Europa, pelas várias civilizações que existiram, gregos, romanos, fenícios,  celtas etc..

 As primeiras mudas de parreiras vieram para o Brasil, em 1532 trazidas pelo agricultor Martinho Afonso de Souza. O primeiro viticultor brasileiro foi Bráz Cubas, que plantou uvas perto do litoral, porém, com o clima pouco favorável, fez o cultivo no planalto paulista e Tatuapé. Em 1551 já havia produção de vinho.

 Em São Paulo  nos anos de 1830-1840, a uva Isabel, chegou na fazenda de Morumbi, vindas pelo inglês John Rudge e em 1839-1842 a uva Isabel chegou ao Rio Grande pelo Marquês Lisboa.

 A uva Niágára branca vinda dos Estados Unidos da América, chegou ao Brasil pelas mãos de Benedito Marengo e foi difundida rapidamente pelos imigrantes europeus no resto do país.

Especula-se que a vitivinicultura em Santa Catarina tenha talvez 200 anos.

 A mesma chegou em Pinheiro Preto e foi a maior renda até a industrialização da cidade.
Segundo estudos, os primeiros parreirais em Pinheiro Preto foram plantados por Guerino de Costa em Linha Patrício, atual São Roque e André Lorenzon em Linha Caxias entre 1920-1922, eram formados com uvas de origem européia ou denominadas comuns, sendo entre estas, mais conhecida a variedade Isabel.(SCAPIN, 1991, p.112)
 Nossa cidade, pequena em seu tamanho mais grandiosa em qualidade dos seu cultivo agrícola carrega em sua história cerca de 22 vinícolas. Nossa cidade é conhecida como Capital da Uva  de Mesa e Berço do Vinho Catarinense,  pois descendentes foram se especializando e diversificando as variedades cultivadas.

Ocupado por exuberantes parreirais que vestem majestosamente o terreno de formação ondulante, oferecendo aos olhos uma visão de beleza rara, comparada aos lugares italianos.

A economia do município de Pinheiro Preto baseia-se na exploração das atividades primárias, além do cultivo da uva, abrangem pêssegos e ameixas.

Agricultura tem grande incentivo do governo do município que realiza um trabalho voltado para o homem do campo.

 Os lugares de Pinheiro Preto, são realmente maravilhosos com uma imagem atrativa e exuberante, com vários vinhedos e parreirais além de muitas indústrias que geram trabalhos toda esta cultura é passada de pai para filho, de geração em geração.

Foto registrada por Jussara F. T. Einsweiler no Parreiral da família Rech
Foto registrada por Jussara F. T. Einsweiler no Parreiral da família Rech

   Texto produzido pelas alunas do terceiro ano do Ensino Médio da Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira.

Thalita Perazzoli

Gabriele Bee

Helaine Piva Zancanelli

Dhiuli Backes Ravarena
Baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história, sua gente de Alzira Scapin.


A educação em Pinheiro Preto



Com o início da colonização, o vilarejo de Pinheiro Preto registrava cada ano um expressivo crescimento em decorrência da vinda de novas famílias que chegaram de diferentes lugares. Essas famílias eram formadas por um grande número de filhos que precisavam ter acesso a escola. Muitos problemas foram enfrentados pelos pioneiros, um deles foi a falta de condições para o estudo das crianças.

Os líderes da época juntamente com os pais, decidiram que a escola provisória seria na pequena casa do “Guarda Chaves”. Outro problema, era encontrar alguém capacitado para desempenhar a tarefa de lecionar, então mais uma vez os líderes locais foram até o agente ferroviário, que afirmou de imediato o início das aulas, que começou com um pequeno grupo de dez alunos.

O agente da Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, João de Deus foi o primeiro professor de Pinheiro Preto. Segundo relatos as aulas começaram aproximadamente na década de 20. Não existe registros sobre o tempo em que João Jesus de Deus lecionou, por motivo de sua transferência para outro local de trabalho.

Com a mudança de professor ocorreu também a mudança de sala de aula em decorrência do crescente número de alunos devido a chegada de novas famílias. A escola passou a funcionar no andar térreo da residência de Pedro Lorenzon, as aulas eram ministradas por Albino Donadel que veio da cidade de Erechim. Ex-alunos de Albino relatam que ele era um homem extremamente bom e é lembrado até hoje pela maneira carinhosa que tratava as crianças e pelas balas que sempre distribuía aos pequenos.
 

Estudantes de Pinheiro Preto em frente a sala que funcionava no andar térreo da residência de Pedro Lorenzon.
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

O segundo professor de Pinheiro Preto, lecionou por pouco tempo, sendo substituído pela senhora Josefina Lorenzon que também é lembrada por sua dedicação aos alunos. A professora não lecionou  não lecionou por muito tempo e então as aulas passaram a ser ministradas pelo Agente Ferroviário Alexandre Monasterqui.

Antigos alunos de Monasterqui relatam que ela era um homem de forte personalidade, embora rígido, porém respeitado. Quando precisava ausentar-se da sala de aula para resolver problemas, junto à estação Alexandre era substituído pela esposa Fenia temida pelos alunos pela extrema rigidez com que conduzia as crianças. Ainda segundo os alunos, Alexandre jamais deixava de ser prestativo e atencioso com todos.
Professor Alexandre Monasterqui e seus alunos - 20/11/1927. 
Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto

O professor José Cúrsio lecionou na Vila Bressan onde havia reservado um cômodo da sua casa para dar aula. Os alunos de Cúrsio, em depoimentos, falam sobre as qualidades do mestre, que eram avançados para a época em que viviam.

Todo final de ano vinha uma banca examinadora de Tangará para Pinheiro Preto para ver quais alunos realmente tinham condições de evoluir para um novo ano. Ele foi educador por um longo tempo em Pinheiro Preto e as pessoas lembram dele com muito carinho.

Em 1932 João Heck se estabeleceu em Pinheiro Preto. Desde que começou a morar na cidade ele passou a organizar uma escola em sua residência que funcionou por mais de duas décadas.

Depois da saída de Cúrsio fundou-se uma escola no pavilhão da Igreja de São Pedro aproximadamente no ano de 1940, essa passou a ser chamada de Escola Estadual Mista e mais tarde passou a ser chamada de Escola Estadual Desdobrada.



Texto produzido pelas alunas Gabriele Trevisol, Karize Aparecida Neis, Vitória Rita Holek Pinto e Paola Piovesan baseado no livro: “Pinheiro Preto, sua história, sua gente”, de Alzira Scapin.


Escolas reunidas professor
 Francisco Anselmo Correia.



 Após a realização dos estudos, foi tomada a decisão de reunir duas escolas (Escola Estadual Simples de João Heck e Escola Estadual Desdobrada), para formar a escola reunidas professor Francisco Anselmo Correia, que se encontra onde atualmente é a Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira.

O nome Maura de Senna Pereira foi em homenagem à professora, poeta e escritora que faleceu em 20/01/1992 no Rio de Janeiro, A escola Maura de Senna Pereira foi criada em 1971 e em 1981 foi inaugurado o prédio onde funciona até hoje.
Escola de Educação Básica Professora Maura de Senna Pereira, atualmente


 Desde o início do projeto até a conclusão da construção do colégio Dom Bosco , o padre Trudo, enfrentou uma verdadeira maratona. Seu esforço levou a procurar ajuda externa pois estava convicto de que somente com recursos da própria comunidade seria impossível concluir esse empreendimento.

A reunião da fundação aconteceu em 7 de agosto de 1963, os trabalhos de construção foram iniciados e prosseguiram aceleradamente até serem concluídos no final de 1964. O colégio foi inaugurado no dia 17 de janeiro de 1965.

Em 01 de abril de 1965 foram iniciadas as aulas,irmã Eliane era a diretora, o colégio abriu as portas a 195 alunos divididos em cartilhas e mais cinco séries. A escola era mantida pela paróquia pela comunidade e em 1972 eles decidiram  transferir para o estado. No dia 23 de julho de 1974 eles realizaram essa reunião. O objetivo era trazer mais oportunidades para os aluno colocando o 2º grau no município.

 Na reunião estava autoridades e pessoas ligadas a área e também o coordenador Estadual Eduardo Mário Tavares e Saturnino  Dodon professor e coordenador do ensino.

 Entre todos os cursos apresentados a comunidade optou pelo curso técnico auxiliar de administração pois se encaixava melhor com a comunidade. As aulas foram começadas em fevereiro de 1975 no colégio Dom Bosco, mas após concluir o 1º grau tinham que ir para cidades vizinhas para concluir os estudos. 
 Colégio Cenecista Dom Bosco - Prédio ainda existe mas está desativado.

Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 

Este texto foi abordado sobre a escola reunidas professor Francisco Anselmo Correia e sobre o Dom Bosco, retirando-se partes do livro Pinheiro Preto sua história sua gente criado por Alzira Scapin.

            Alunos: Fernando Kercher, Jizeli Aparecida Rosa Kercher, Lucas Costa e Mara Eduarda Perin.



Emancipação de Pinheiro Preto

No final da década de 50, várias pessoas de ambas as margens do rio do peixe, se mobilizaram para com o objetivo de emancipar Pinheiro Preto. A expressa opinião dos moradores, atendia ao requerimento do vereador Antonio Teixeira Pinto que era favorável ceder ao município a ser emancipado as Linhas São Roque e Bressan. Uma vez entregue o resultado obtido por tanta perspicacia, foi enviado um documento para a Câmara de Videira para o processo de criação do município.

 Escrivão Germano Schwartz Filho, fazendo a leitura da ata de instalação do município de Pinheiro Preto, na presença de diversas autoridades e público em geral.
  Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 

Lei N° 817 de 4 de Abril de 1962 .
CRIA O MUNICÍPIO DE PINHEIRO PRETO

 O deputado João Estivalet Pires, presidente da Assembleia Legislativa do estado de Santa Catarina, de conformidade com o art. X e art. 22 da Constituição do Estado, faz saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu promulgo  a seguinte lei:
   Art. 1°- Fica criado de conformidade com as Resoluções números 57 1/63 de março do corrente ano, das Câmaras Municipais de Tangará e Videira Respectivamente o município de Pinheiro Preto.
Art 22°- O município de Pinheiro Preto, desmembrado dos territórios dos municípios de Videira e Tangará terá como sede a localidade do mesmo nome e ficará pertencendo à jurisdição da Comarca de Tangará.(SCAPIN, 1991, p.97)

Aprovada a criação do município todos retornam para Pinheiro Preto, onde juntamente com a comunidade festejaram esse grande acontecimento.

No início a prefeitura funcionou na antiga residência de Pedro Lorenzon, onde ficou acertado com a proprietária, que na época era a senhora Nilde Lorenzon, que como aluguel não se pagaria  mensalmente uma quantia estipulada, mas que o inquilino no caso a Prefeitura se encarregaria de fazer a manutenção e conservação do imóvel.

Vista Parcial de Pinheiro preto em 1962, onde aparece a velha ponte, um trecho da atual Avenida Castelo Branco. A seta aos fundos indica a casa onde funcionava a Prefeitura logo após a emancipação do Município. Foto registrada em 05/11/1962.
  Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 
Posteriormente a Prefeitura passou a instalar-se no prédio que atualmente comporta o Museu municipal e atualmente o novo Centro Administrativo, encontra-se  na Avenida Arthur da Costa e Silva.


Ivo Tizziani foi o prefeito provisório de Pinheiro Preto. Nomeado em 4 de maio de 1962, permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 1963 quando assumiu o primeiro prefeito eleito da história do município, o senhor Avelino Bressan.
  Origem da Foto: Museu e Arquivo Histórico de Pinheiro Preto 
 

            Texto produzido pelos alunos: Marcos Scaraboto, Edelvan Antes e Rodolfo Bogoni, baseado no livro: Pinheiro Preto, sua história sua gente de Alzira Scapin.




Passagem de Getúlio Vargas em Pinheiro Preto


Uma das histórias que ficou marcada na vila de Pinheiro Preto durante a revolução de 1930, foi a passagem do presidente do Rio Grande do Sul e líder revolucionário Getúlio Dorneles Vargas, durante a viagem que saiu do seu estado rumo ao Rio de Janeiro.
Passando por Pinheiro Preto teve que permanecer  durante quatro horas na vila, por motivo do descarrilamento de um trem que por medida de segurança seguia a frente abrindo caminho evitando emboscadas.
Esse descarrilamento ocorreu entre o Lageado da Cruz e o túnel que continuou interditado por algumas horas.
Como o trem onde viajava Getúlio, vinha em uma boa distância do primeiro trem, foi possível parar o mesmo ainda em frente a casa de parada (estação) da pequena vila.
Por segurança alguns soldados desceram do trem para vasculhar o terreno, e após constatar a segurança do local, permitiram que Vargas desembarcasse, dirigindo-se  assim ao hotel de João Lorenzon. Os moradores organizaram as pressas uma comissão formada por Pedro Bressan, Fiorelo Appi e o chefe da estação que cumprimentaram Vargas em nome dos moradores.
“ Depois dos comprimentos de praxe, Vargas indagou aos três quem era o colonizador daquele local, que lhe respondem ser Pedro Lorenzon e que não se encontrava presente. - Então providenciem para que venha falar comigo diz Getúlio. Algum tempo depois entra no recinto Pedro Lorenzon e saúda o chefe revolucionário, sendo interrogado por ele. (...)(SCAPIN, 1991, p.166)
Finda a conversa entre os dois, Getúlio ordenou aos subordinados que fossem ao trem e separassem 25 fuzis e 5.000 balas, entregando-os ao comando de Pedro Lorenzon. Ato contínuo, como o trafego já estivesse restabelecido, Getúlio embarcou no trem e seguiu viagem rumo ao poder. Tempos depois chega a Pinheiro Preto um telegrama do presidente dando contas de sua vitória no Rio de Janeiro...” (SCAPIN, 1991, p.166)
Infelizmente o telegrama foi perdido durante as mudanças das casas dos Lorenzon e nem mesmo até onde se buscou, existem fotos que registrem importante passagem pela nossa cidade.

Usina Força e Luz São Pedro

  No final dos anos 30 os moradores de Pinheiro Preto e Boa Esperança construíram uma usina elétrica, aproveitando as águas do Rio do Peixe, a ideia foi aprovada por toda a população, e contou com a adesão dos moradores de Iomerê, que também foram beneficiados com a energia produzida.
O líder do movimento da construção foi Humberto Bresolin que esteve sempre a frente de todas as obras ao decorrer da construção e do projeto.
    “Dentro do projeto de construção, os trabalhadores deixavam a cada poucos metros um vão (ladrão), interrompendo o fluxo normal das águas e permitindo a continuação dos serviços mais adiante. Tal processo foi seguido até o final da obra. Quando a equipe alcançou a metade do rio foram construídas grandes caixas de madeira posteriormente enchidas com terras e pedras. (...)(SCAPIN, 1991, p.170).
A turbina geradora foi adquirida em Marcelino Ramos e transportada desde a fundição até o local no mesmo caminhão utilizado nas obras, o único então existente em Pinheiro Preto.”(SCAPIN,1991, P. 170)
Uma grande festa de inauguração contou com a presença de um público expressivo com pessoas do município e de toda região. Este dia ficou marcado na vida de várias pessoas que se esforçaram para que o sonho se tornasse realidade.
“A usina Força e Luz São Pedro – a primeira a fornecer eletrificação rural no Brasil, foi administrada por seus acionistas até o ano de 1962, passando dessa data em diante para as Centrais Elétricas de Santa Catarina – CELESC.”(SCAPIN, 1991, p.172) 
  
Texto produzido pelos alunos: Francislaine, Cristiane e Ezequiel, baseados no livro de Alzira Scapin: Pinheiro Preto, sua história, sua gente.












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